31 de janeiro de 2017

Fechamento Janeiro/2017: R$ 324.860,58

"Em todas as coisas, o sucesso depende de preparação prévia."
(Confúcio)

Olá prezados leitores, tudo bem? Este mês de Janeiro/ 2017 teve alta de várias classes de ativos, gerando a impressão que "tudo está caro". Entretanto, houve uma reprecificação dos ativos considerando a expectativa futura de queda de juros e crescimento econômico.

Neste mês de fevereiro de 2017 começa a divulgação dos resultados anuais das empresas listadas na Bovespa, se você possui ações na sua carteira é hora de analisar se os fundamento ainda continuam válidos. O fechamento de Janeiro/2017 de acordo com a planilha do ADP foi:
Fechamento Janeiro/2017
Carteira: R$ 324.860,58 
Aporte: R$ 5.132,37 
Rentabilidade: 2,18%

Podemos destacar:

  • A carteira de ações teve uma rentabilidade de 7,15% com destaque para o setor financeiro.
  • A maior alocação da carteira é em PGBL que valorizou 1,56% devido a valorização dos títulos prefixados (LTN) e indexados ao IPCA (NTNB).
  • O destaque negativo ficou com as ETFs do Exterior com desvalorização de -4,07% devido a queda do dolar, embora este ativo responda por menos de 3% do total da carteira.
  • Para mais detalhes acesse a Carteira.  
A alocação de ativos continua distante do que considero ideal, portanto os próximos aportes serão em ETFs Exterior, FIIs e Ações.

Até a próxima, grande abraço.

25 de janeiro de 2017

Aporte Janeiro/2017

“É mais fácil entrar em um problema do que sair dele; o bom senso recomenda procurar a saída antes de entrar.” 
(Esopo)

Olá prezados leitores, tudo bem? Este início do ano começa com um certo otimismo do mercado com a expectativa de uma sequência consistente de queda nos juros. Embora isso não influencie diretamente a minha estratégia, prefiro aguardar as demonstrações de resultados anuais das empresas da Bovespa apartir de fevereiro para reavaliar a carteira.

Os aportes neste início do ano serão ligeramente menores porque ja iniciei o provisionamento dos valores para abrir a conta no BB Americas. O aporte de Janeiro de 2017 foi:

Aporte Janeiro 2017

Renda Fixa

Comprei apenas um pouco de NTNB-Principal 2035. Esta estratégia não tem muita novidade pois pretendo carregar esse papel até o vencimento. A compra deste título está relacionada a estratégia do PGBL que abordarei na próximas postagens.

ETF Exterior

No início do ano eu solicitei a abertura de conta na corretora TD Ameritrade, esta corretora possui uma lista ETFs sem cobrança de corretagem. Entretanto,  para efetuar a transferência de custódia da Drivewealth para TD Ameritrade é necessário não ter quantidade fracionária de ativos.

Basicamente, vendi NYSEARCA:VOO (Vanguard 500 Index Fund) para comprar NYSEARCA:VT (Vanguard Total World Stock) levando em consideração a postagem do Frugal Simple Como utilizar o CAPE e P/B para comparar mercados e ETFs. O estudo atualizado com a posição do dia 30/12/2016 pode ser obtido aqui.
Previsão de Retorno dos Mercados em 30/12/2016

Ações

Com a expectativa de retorno de crescimento do PIB para 2017, decidi aumentar a alocação da carteria no segmento de Consumo Cíclico. Comprei BVMF:HGTX3 (Cia Hering) porque a empresa possui dívida líquida negativa, embora a prévia operacional do 4T2016 não agradou o mercado (fonte).

Em fevereiro começa a divugação dos resultados anuais que facilitará a avaliação da carteira de acordo com o meu modelo de precificação/retorno dos ativos (abordarei uma série de artigos sobre isso também).

FIIs

O aporte na carteira de FIIs buscou diversificação entre os ativos da carteira com a compra de BVMF:JSRE11BVMF:HGLG11. Após realizar estes aportes, percebi que estava adicionando risco a mais na minha carteira sem necessidade, conforme foi explicado na postagem Gestão da Carteira de Fundo Imobiliários do Investidor de Risco. Pretendo gradualmente reduzir o risco da minha carteira durante o ano de 2017.


Portanto, o total de aporte do mês de Janeiro/2017 foi de R$ 5.132,37.

Até a próxima, grande abraço.

18 de janeiro de 2017

Minha Trajetória Financeira - Parte I

"Uma pessoa pode ter uma infância triste e mesmo assim chegar a ser muito feliz na maturidade... Da mesma forma pode nascer num berço de ouro e sentir-se enjaulada pelo resto da vida." 
(Charles Chaplin)

Olá prezados leitores, tudo bem? Hoje irei abordar pela primeira vez um pouco da minha trajetória e alguns aspectos pessoais que hoje moldam a minha capacidade de interpretar o mundo a minha volta.

Eu nasci numa família classe média baixa que passou por alguns altos e baixos na vida, talvez mais altos do que baixos. Tanto meu pai quanto minha mãe vieram de uma família muito pobre e numerosa, e talvez estas adversidades na vida fizeram com que os meus pais assumissem responsabilidades muito cedo, principalmente dando valor ao estudo e ao trabalho.

Além de possuirem um estilo de vida simples, não trocarem de carro frequentemente, morarem na mesma casa a mais 40 anos e não possuirem dívidas, eles me mostraram que a vida se torna mais fácil pra quem trabalha e se dedica. Além disso, me explicaram a importância de poupar para alcancar os objetivos e tomar riscos quando necessário. Irei abordar alguns pontos da minha infância e adolescência ressaltando alguns pontos que me marcaram.
Infância e Adolescência do Aportador

Infância


A alta inflação na década de 1980 foi que algo me marcou profundamente. Mas peraí Aportador, como uma criança saberia o que era inflação? Meu pai tinha um pequeno comércio e eu sempre gostava de ir fazer as compras com ele, aprendia a fazer as contas de cabeça, calcular a margem de lucro e observava a quantidade de gente que comprava "fiado" porque não tinha dinheiro. E quando as pessoas recebiam o salário, elas queriam estocar o máximo de mantimentos até o final do mês.

Naquela época, o comércio do meu pai tinha muito estoque e muito movimento em relação aos tempos atuais, pois naquela época não havia grandes supermercados nem cartão de crédito. 

Pelo fato do meu pai ter uma família muito numerosa, ele resolveu abrir uma empresas prestadora de serviços para empregar os irmãos e manter a família unida. Não preciso nem dizer que administrar uma empresa familiar sendo chefe dos irmãos não iria dar muito certo. Aproveitando o aumento das receitas da empresa, meu pai comprou um terreno perto da casa onde morávamos, reformou a nossa casa e conseguiu comprar tudo necessário para empregar todos os seus irmãos na prestadora de serviços.

Enquanto isso eu estudava em uma escola particular, mas nunca viajava ou tinha brinquedos caros, pois eu brincava na rua e ficava um pouco no comércio. Como eu tinha a real noção de quanto era difícil para conquistar as coisas na vida, sempre tive a convicção que o estudo seria um alicerce para ter um padrão de vida melhor.

Lições aprendidas na infância:
  • Em um cenário de alta inflação, rendimentos de empresas (ações) tem uma perfomance melhor que quem recebe salário (renda fixa).
  • Não tente carregar a sua família nas costas, ajude na medida do necessário mas não tente carregar a cruz de ninguém. Empresa familiar deve seguir o seguinte ditado popular: "Família, família, negócios à parte".
  • Se você quer melhorar de vida, estude e confie no seu potencial.
  • Quando eu queria algo que meus pais não podiam me oferecer eles me falavam: "Estude bastante, trabalhe para conquistar suas coisas no futuro".

Adolescência


Neste período aconteceu algo que nos marcou profundamente. Durante a dédaca de 1990, meu irmão mais velho se tornou pai precocemente e não tinha completado os estudos pois não teve interesse em estudar. Meu pai resolveu chamá-lo para trabalhar na prestadora de serviço (era uma pequena tranportadora).

O maior cliente da pequena transportadora era uma construtora que estabeleceu o regime de permuta, ou seja, os carros trabalhavem e em troca receberiam um imóvel (na planta). Pois bem, depois de ter pago dois imóveis na planta e tendo recebido apenas um, a construtora entrou em falência e ninguém recebeu nada, literalmente nada!!! (Não existia a lei do patrimônio de afetação).

Situação do imóvel após a falência da construtora (Imagem ilustrativa)
Não foi por falta de aviso, pois os diretores da empresa deram algumas dicas antes da construtora falir. Neste mesmo momento, o meu pai estava alavancado por ter investido na compra de mais um ativo para a empresa. 

Me lembro como foram esses períodos na minha família, mas embora o momento fosse delicado, meus pais já passaram por momentos mais difíceis. Eu tive que sair da escola particular e passei para escola pública. O único "luxo" que eu tive foi continuar na escola de inglês.

Depois de algumas negociações, a construtora pagou com alguns materiais de construção. Com este material, meu pai resolveu começar a construir imóveis simples para aluguel no terreno que comprou na década anterior.

Embora possa ter vivenciado estas experiencias de empreendorismo de perto, minha família me passava as orientações existentes na mentalidade do "Pai Pobre" do livro Pai Rico, Pai Pobre : "Estude, faça uma faculdade e arrume um bom emprego". Eu até entendo o ponto de vista deles, mas naquele momento da adolescência eu não tinha maturidade suficiente e estava interessado em outras coisas.

Lições aprendidas na adolescência:
  • Diversifique o risco da sua carteira. Meu pai estava altamente concentrado com um único fornecedor e ainda estava alavancado investindo em ativos da empresa.
  • Esteja preparado para as adversidades. Por pior que sejam naquele momento, acredite que você pode superá-las.
  • Busque fontes alternativas de renda. Pois ao receber o material de construção como forma de pagamento, resolvemos construir imóveis simples para gerar renda de alugueis.
  • Não tenha filhos precocemente na sua vida, pois isso pode influenciar negativamente tanto a sua vida quanto do(s) seu(s) dependente(s).

 

Considerações finais


É claro que naquele momento eu não tinha a visão que tenho hoje, mas é importante analisar as lições aprendidas de algumas fases da sua vida. Se hoje estou onde estou, devo muito aos meus pais.

Pretendo abordar as demais fases da minha vida, sempre colocando alguns fatores que possam ser úteis para as pessoas que estejam começando a sua jornada para não incorrerem nos mesmos erros.

Até a próxima, grande abraço.

11 de janeiro de 2017

Metas para 2017

"O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.
(Francis Bacon)

Olá prezados leitores, tudo bem?  No começo do ano é hora de planejar várias metas a serem alcançadas, sabendo que normalmente planejamentos são influenciados pelo Recency Bias, no qual os resultados recentes influenciam as previsões, geralmente nos levando a conclusões equivocadas.

Na postagem O que te deixa rico é o aporte, estipulei as seguintes metas para 2016:
  • R$ 75.000,00 em aportes no ano (Realizado R$ 90.000,00)
  • Taxa de Poupança de 30% a 50% do salário. (Realizado)
  • Balanceamento da Carteira (Parcialmente Realizado)
  • Índice de Custos/Proventos Anual de 41,11% (Não havia sido Estipulado)

Metas para 2017

Metas para 2017
O meu planejamento em 2017 consiste em estipular variáveis que estão sob o meu controle, tais como: Total de Aporte, Custo Total da Carteira, Alocação de Ativos e Gestão de Risco (Hedge). Podemos citar algumas variáveis que fogem do meu controle tal como rentabilidade e valor dos proventos (renda passiva). 

As metas financeiras para 2017 são:
  • Aporte Anual de R$ 90.000,00.
  • Taxa de Poupança de 35% a 50% do salário.
  • Balancear a Carteira para diminuir a alocação em PGBL e Renda Fixa, aumentando a participação de Ações, FIIs e ETFs no Exterior .
  • Indice de Custos/Proventos Anual de até 20%.
  • Abrir Conta no BB Americas.
  • Em caso de alta volatilidade, alocar até 0,2% da carteira para realizar um hedge ativo ou hedge com opções.
  • Alcançar o patrimônio de R$ 450.000,00 até o final do ano.


Outras Metas para 2017


Durante o ano de 2016, li pelo menos 12 livros sobre assuntos diversos, posso citar alguns da área de finanças:
  • If You Can: How Millennials Can Get Rich Slowly (William J Bernstein)
  • Stocks for the Long Run (Jeremy Siegel)
  • A bola de neve: Warren Buffett e o negócio da vida (Alice Schroeder)
  • A Grande Queda (Jim Rickards) 
  • Investimentos para Não Especuladores (Paulo Portinho / Mauro Calil)
  • The Bogleheads' Guide to Investing (Larimore/ Lindauer/ LeBoeuf)
  • The Little Book That Still Beats the Market (Joel Greenblatt)

Para 2017 vou estipular 15 livros no mínimo, mas não necessariamente em Economia/Finanças. Normalmente eu leio muitos livros no formato digital (eu até prefiro), pois há uma enormidade de livros disponíveis gratuitamente no portal le livros.

Durante uma fase da minha vida, pratiquei corrida de rua com bastante regularidade. Embora continue praticando atividade física, gostaria de voltar participar de alguma prova de corrida de rua em 2017.

Durante o ano de 2016 realizei 4 viagens, algumas curtas, outras nem tanto. Pretendo realizar pelo menos duas viagens durante o ano de 2017 e principalmente viver em equilíbrio com relação aos gastos e poupança. Pois como foi abordado pelo Surfista Calhorda, às vezes podemos diminuir um pouco o aporte e deixar os juros compostos trabalharem por um tempo maior (aumentando o período de acumulação) que o resultado não será tão diferente no longo prazo.

Este estudo do JP Morgan mostra como os juros compostos afetam os seus investimento, onde podemos observar essa figura abaixo:
Efeitos dos Juros Compostos nos Investimentos

Se observarmos Susan (linha cinza) investiu $5.000,00 dos 25 aos 35 e deixou 30 anos acumulando juros compostos, enquanto que Bill (linha verde) investiu durante 30 anos o triplo de Susan e obteve um resultado menor. Se você perceber, o resultado de Chris (linha azul) é a somatória de Susan e Bill. Resumindo: Taxa (Rentabilidade) não ganha de Tempo.

Bons investimentos a todos em 2017, grande abraço.




 

4 de janeiro de 2017

Como aumentar os Proventos e diminuir os Custos da Carteira?

"Neste mundo nada pode ser dado como certo, à exceção da morte e dos impostos."
(Benjamin Franklin)

Olá prezados leitores, tudo bem? Esta é a primeira postagem de 2017, ano que inicia com um perda significativa para a blogosfera financeira: Doutor Honorários. Espero que ele possa refletir e quem sabe retornar a nos presentear com seus textos. Sucesso na sua trajetória Dr Honorários.

Custos da Carteira em 2016

Sabemos que quando termina o ano é necessário se preparar para fazer a Declaração do Imposto de Renda, já que devemos declarar todos os proventos recebidos por cada ativo, nada mais justo analisar os custos da carteira durante o ano de 2016. E quais custos seriam estes? Podemos exemplificar :
  • Custódia Tesouro Direto (0,3% ao ano) - utilizo a corretora Easynvest que possui taxa de administração de 0% ao ano. 
  • Corretagens Ações/FIIs - utilizo a corretora Rico.
  • Corretagens Drivewealth - utilizo no exterior a corretora Drivewealth.
  • Custos Remessa Online - para enviar recursos no exterior utilizei a Remessa Online.
  • IR Dividendos - dependendo do ativo no exterior, Non Rresident Aliens (estrangeiros não residentes) pagam 30% de IR sobre dividendos. Este custo possui uma grande relevância no longo prazo.  
O total de custos da carteira em 2016 foi de R$ 735,62. Na figura abaixo podemos observar:
Custos da Carteira em 2016
Composição dos Custos da Carteira em 2016
Podemos obervar que no meses de Janeiro e Julho é feito o pagamento da custódia do Tesouro Direto. Além disso, percebemos que os custos da Remessa Online são extremamente significativo dentro do montante da carteira, desta forma pretendo em 2017 abrir a conta no BB Americas. Os custos de corretagens com Ações/FIIs devem ser compensados com os proventos gerados.

Proventos da Carteira em 2016

Considerando Ações, FIIs, ETFs no Exterior e Aluguel de Ações, o total de proventos no ano de 2016 foi R$ 1.789,21. Em relação ao Tesouro Direto, não possuo títulos com pagamento de cupons semestrais.
Composição dos Proventos em 2016
A maior parte dos proventos advém da carteira de Ações por possuirem uma participação maior no portifólio (12%), seguido pela carteira de FIIs (6%).

Proventos x Custos da Carteira em 2016

Proventos x Custos em 2016
Durante o primeiro semestre de 2016, a carteira de Ações e de FIIs estava apenas começando. No segundo semestre, os proventos da carteira já conseguiram financiar os custos.

Se dividirmos o total de custos do ano (R$ 735,62) pelo total de Proventos do ano (R$ 1.789,21), obtemos o Índice de Custos/Proventos Anual de 41,11%. Isto significa que os custos da carteira foram relativamente altos em relação aos proventos gerados.

O objetivo é aumentar os proventos e diminuir os custos, mas qual seriam as estratégias necessárias para atingir este objetivo? Podemos citar algumas:
  • Aumentar a participação dos FIIs na carteira.
  • Migrar os FIIs para a corretora SOCOPA para não pagar corretagem (Dica do leitor Vinícius)
  • Alocar uma parte maior da Carteira de Ações em empresas com o payout mais elevado.
  • Abrir conta na corretora TD Ameritrade que possui uma lista de ETFs commission free.
  • Abrir conta no BB Americas invés de utilizar a Remessa Online.
  • Abrir conta na Interactive Brokers para comprar ETFs domiciliados na Irlanda que não pagam dividendos conforme explicado aqui.
Então prezados leitores, alguma outra dica de como aumentar os Proventos e diminuir os Custos da Carteira?

Até  a próxima, grande abraço.