26 de agosto de 2019

Fechamento Agosto/2019: R$ 830.546,87

"Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio"
(Sócrates)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Hoje o mês acabou para mim porque eu estarei de férias com a família e não estarei conectado a nada e não pretendo acompanhar os mercados fianceiros. Espero que quando eu voltar os ativos continuem nos preços atuais para pode comprar mais.
 
Renda variável é assim mesmo, onde a volatilidade é muito importante para potencializar os retornos da sua carteira. Neste mês de agosto, foi o primeiro resultado negativo do ano, mas comparado ao benchmark da bolsa, até que não foi tão ruim. No mais, sem mais delongas, o fechamento de Agosto/2019 foi:
Fechamento Agosto/2019
Carteira: R$ 830.546,87
Aporte: R$ 10.000,00
Rentabilidade Mensal: -1,14%
Rentabilidade Anual: 10,14%
IPCA acumulado em 2019: 2,42% (divulgado em Ago/2019)

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve desvalorização de -4,90%, com destaque negativo para (BVMF:VALE3) e (BVMF:MDIA3) que desvalorizaram -14,48% e -13,14% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:LCAM3) e (BVMF:HYPE3) com valorização de 2,96% e 2,06% respectivamente. O índice Bovespa desvalorizou  -5,37% até agora neste mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma valorização de 6,74% devido a alta do dolar e o ETF de REITs, com destaque positivo para (NYSEARCA:USRT) com   2,36%    de valorização e o destaque negativo ficou com (NYSEARCA:SPEM) com desvalorização de -5,66%. Além disso, o dólar americano se valorizou 8,97% este mês.
  • A Carteira de FIIs  obteve desvalorização de -1,71%, cujo destaque positivo ficou por conta de (BVMF:ONEF11) com valorização de  4,14% enquanto que o destaque negativo foi (BVMF:ABCP11) com desvalorização de -13,18%. O índice IFIX se desvalorizou  -1,43% este mês..
  • A carteira PGBL/Fundos se desvalorizou   -0,56% este mês com a exposição em renda variável.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.
Composição da Carteira Agosto/2019

Conforme a figura acima, o percentual de renda variável está em torno de 54,2%, ou seja, acima da média dos últimos meses. Considero que 60% é o limite maximo que pretendo ter alocado em renda variável, mesmo considerando a correlação negativa entre ações e ETFs no Exterior.

O momento é de cautela, mas o foco continua sendo no longo prazo. Estou tranquilo e seguindo em frente com meus objetivos. No momento atual, vou aproveitar as férias e deixar esses ruidos (desmatamento da amazonia, crise global, reformas, etc..) de lado.


Grande abraço a todos e até a próxima.

21 de agosto de 2019

Aporte Agosto/2019

"For me, money is not my definition of success. Inspiring people is a definition of success." 
(Kanye West)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Parece que as expectativas mudaram, e os players do mercado já estão pessimistas com os mercados emergentes, causando uma fuga de capitais para os mercados desenvolvidos (fonte). Independente das causas, a pergunta que eu sempre me faço é: Estou tranquilo com o nível de risco da minha carteira?

A resposta desta pergunta está diretamente relacionada com os aportes que eu fiz este mês. Sem mais delongas, o aporte de Agosto/2019 foi:
Aporte Agosto/2019
Renda Fixa

Eu venho gradativamente reduzindo a exposição em títulos de renda fixa pre-fixados e indexados a inflação, mantendo um percentual mínimo em liquidez diária (entre 5% a 10%).

Com a queda das taxas de juros, estou montando algumas operações estruturadas com opções, mas não divulgarei no blog.

ETFs Exterior

Apesar da guerra comercial iminente entre EUA x China, a economia americana continua crescendo com inflação sob controle. Para manter a alocação proporcioanl da carteira foi aportado em ETFs de REITS (NYSEARCA:USRT) e S&P500 Value (NYSEARCA:SPYV) .
O valor aportado é referente ao primeiro resgate do AdSense depois de 3 anos de blog.


Ações

As compras deste mês foram:

  • PETROBRAS (BVMF:PETR4) - empresa divulgou um resultado recorde no 2T2019, segue em frente o seu plano de desalavancagem para focar na exploração do pré-sal. Possui risco, mas está muito barata no preço atual (EV/Ebitda de 5,5)
  • ENGIE BRASIL (BVMF:EGIE3) -Continuo com a perspectiva positiva, onde o resultado das operações da TAG deve começar a aparecer, bem como a expansão operacional da empresa com o início da operação comercial da termelétrica Pampa Sul e do parque eólico Campo Largo 2. . É possível que diminua o payout para pagar os investimentos no curto prazo, gerando um possibilidade de compra a preços menores.

Fundos Imobiliários


As operações deste mês foram:
  • GGR Covepi Renda (BVMF:GGRC11) - fundo do setor de logística que possui uma gestão ativa que mostrou bastante desenvoltura desde a ultima emissão. Expectativa de geração recorente e previsível de renda.
  • SDI Logística Rio (BVMF:SDIL11) - fundo do setor de logística que possui fez uma capatação recente. Com a expectativa de crescimento da economia, poderá gerar rendimentos consistentes. Mas será que a economia vai deslanchar???
Portanto, o total de Aporte do mês de Agosto/2019 foi de R$ 10.000,00

Até a próxima meus amigos e grande abraço.

15 de agosto de 2019

ABCP11: Uma reflexão sobre os riscos

“Vencer sem riscos é triunfar sem glória.” 
(Pierre Corneille)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Então vocês estavam tranquilos comprando FIIs pensando na aposentadoria, dizendo que “preço não importa”, acumulando cotas de ABCP11. Mas no dia 08/08/2019 é surpreendido com este fato relevante solicitando o imediato refazimento e republicação das demonstrações financeiras de 2017 e 2018, até o dia 05/09/2019. Este fato levou a uma desvalorização de 13% no fundo.

Fachada Grand Plaza Shopping (ABCP11)

De acordo com a Receita Federal, o Fundo não estaria enquadrado na tributação aplicável aos fundos de investimento imobiliário, porque haveria indícios de violação da legislação vigente de 1999. Portanto, segundo o último informe anual, a Cyrela Commercial Properties (CCPR3) detém 61,4% das cotas do fundo e, portanto, não se enquadra na isenção fiscal concedida a fundos imobiliários.

De fato, de acordo com o artigo 2º da Lei 9.799 de 1999, se o fundo investir em imóveis cujo incorporador, construtor ou sócio possua participação superior a 25% nas cotas do fundo, ele passa a ser tributado como pessoa jurídica normal (25% de Imposto de Renda e 9% de Contribuição Social).

A Rio Bravo (administradora) preparou um novo comunicado, informando que discorda da visão da CVM porque:
  • O empreendimento (Grand Plaza Shopping) não foi incorporado e, portanto, não tem incorporador - O imóvel não foi construído do zero, apenas houve a transformação de um galpão em shopping (incorporação é a atividade de construção de imóveis com o intuito de venda)
  • O cotista (CCPR3) não é sócia do empreendimento -  de fato a CCPR3 não é proprietária do shopping, já que 98,5% do capital é detido pela administradora, a  Cyrela Commercial Properties apenas presta serviço de administração do empreendimento.
  • O fundo foi criado em maio de 1996 e, portanto, é anterior à lei de 1999 - este é o ponto mais difícil de prever o resultado pois há uma súmula do STF que não existe direito adquirido nas questões tributárias. Portanto, como no Brasil até o passado é incerto, não há segurança jurídica para prever como será este desfecho.

Qual é o possível impacto financeiro para o fundo?

Embora os resultados dos últimos 5 anos foram cerca de R$ 672 milhões, se aplicarmos as a alíquota de 34%, mais multa de 20%, e corrigirmos os valores pela Selic, obtemos um passivo total potencial de R$ 352 milhões. Porém, no ofício 113/2019/CVM/SIN/DLIP foi solicitado apenas o refazimento dos exercícios 2017 e 2018.

Apenas como exemplo: se o Fundo tivesse que pagar hoje a alíquota cobrada de empresas de forma atrasada, o valor aproximado  a ser pago sobre o exercício de 2018 seria em torno de R$ 34 milhões (R$ 5,55 milhões de PIS e Cofins + R$ 20,4 milhões de IR  de 34% sobre o lucro tributável + R$ 5,19 milhões em Multas e R$ 3,63 milhões de juros). Se considerar os mesmo valor em 2017 e o restante de 2019, o valor a ser pago seria em torno de R$ 100 milhões.

Considerando uma margem de erro de 30%, o fundo poderá perder até R$ 130 milhões no pior cenário. No fechamento anterior à divulgação do fato relevante, a cota estava em R$ 100,7 e, na última sexta-feira (9), o fundo era negociado a R$ 87,02. Como são 12,2 milhões de cotas, a perda de valor foi de R$ 167 milhões, ou seja, muito maior do que o previsto.

Devemos lembrar que a Administradora (Rio Bravo Investimentos) avaliará a tomada das medidas cabíveis, seja na esfera administrativa ou judicial, para defesa desse posicionamento, o qual entende estar inteiramente alinhado aos interesses do Fundo e de seus cotistas. Além disso, a Rio Bravo irá manter o pagamento dos rendimentos na faixa de R$ 0,45 por cota por enquanto.

E agora o que fazer?

Se for necessário mudar a composição dos cotistas do fundo, talvez o fundo será cindido, de forma que a CCP seja pulverizada até 25% ou as cotas podem ser vendidas para outro fundo de shopping interessado. Não há uma visão clara pela frente. 
 
Este caso se tornou uma situação binária, muito parecido com o que aconteceu com o MFII11 recentemente, pois boa parte do valor do fundo será definido pelos desdobramentos da questão fiscal em relação à participação da CCP. É muito difícil saber qual vai ser a decisão da justiça, pois sabemos o que Brasil definitivamente não é para amadores.

No meu caso particular, vou manter as cotas que possuo, que representam cerca de 3% minha carteira de FIIs. Eu considero o valor atual R$ 88 bastante atrativo, porém eu colocaria somente um percentual da carteira que não seja capaz de me tirar o sono.

Devemos lembrar que o setor de shopping centers é altamente dependente das condições do varejo e da economia de uma forma geral. Se não houver uma melhora operacional, este fundo pode causar transtornos aos seus cotistas.

Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos. No mais, grande abraço a todos e até a próxima.

3 de agosto de 2019

Fechamento Julho/2019: R$ 830.082,52

“Time is a created thing. To say 'I don't have time,' is like saying, 'I don't want to.” (Lao Tzu)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Já estamos no segundo semestre e parece que o mercado está me ajudando a alcançar as metas de 2019. Em outras palavras, é hora de rever as minhas expectativas para o segundo semestre e gradativamente analisar o risco da minha carteira.

O fato da taxa Selic chegar a 5% no fim do ano não significa que devemos comprar tudo a qualquer preço. Continuo otimista, mas vejo sinais de recessão nos mercados internacionais com a recente corte nas taxas de juros nos EUA (fonte). No mais, sem mais delongas, o fechamento de Julho/2019 foi: 
Fechamento Julho/2019
Carteira: R$ 830.082,52
Aporte: R$ 8.500,00
Rentabilidade Mensal: 1,56%
Rentabilidade Anual: 11,40%
IPCA acumulado em 2019: 2,23% (divulgado em Jul/2019)

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve valorização de 2,34%, com destaque negativo para (BVMF:BBAS3) e (BVMF:PETR4) que desvalorizaram -8,75% e -4,85% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:B3SA3) e (BVMF:EGIE3) com valorização de 12,63% e 11,04% respectivamente. O índice Bovespa valorizou  0,84% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma desvalorização de -0,45% devido a queda do dolar eo ETF de Mercados Emergentes, com destaque positivo para (NYSEARCA:SPYV) com   1,69%    de valorização e o destaque negativo ficou com (NYSEARCA:SPEM) com desvalorização de -1,76%. Além disso, o dólar americano desvalorizou -0,95% este mês.
  • A Carteira de FIIs  obteve valorização de 1,72%, cujo destaque positivo ficou por conta de (BVMF:FIIB11) com valorização de  12,04% enquanto que o destaque negativo foi (BVMF:ABCP11) com desvalorização de -6,47%. O índice IFIX valorizou  1,27% este mês..
  • A Carteira de NTNBs valorizou 1,19% este mês, enquanto que a carteira PGBL valorizou   1,88% este mês com a exposição em renda variável.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.
Composição Carteira Julho/2019
Conforme a figura acima, o percentual de renda variável está em torno de 54,57%, ou seja, acima da média dos últimos meses. Considero que 60% é o limite maximo que pretendo ter alocado em renda variável, embora eu acredite que estamos em uma trajetória de alta, é possível que haja alguns solavancos (volatilidade) até o final do ano.

No mais, é hora de analisar os resultados do 2º trimestre de 2019 das empresas da carteira. Não vou comentar nada específico, mas superficialmente eu gostei dos resultados das empresas que estão na minha carteira de ações (HYPE3, FLRY3, VALE3 e PETR4).

Além disso, o BNDES pretende vender a sua participação em algumas empresas na bolsa (fonte). Portanto, poderá haver um pressão vendedora nos papéis gerando uma boa oportunidade de compra para os investidores de longo prazo.

Não há muito mais o que comentar, pois estou esperando receber a minha restituição do IR (R$ 13.500,00) agora em agosto e depois no final deste mês irei fazer uma viagem de 3 semanas para a Europa com a família.

Grande Abraço e até a próxima.