7 de julho de 2017

Proventos x Custos - 1º Semestre 2017

"Do you know the only thing that gives me pleasure? It's to see my dividends coming in." 
(John D. Rockefeller)

Olá prezados leitores, tudo bem? Ao término de cada semestre irei analisar os proventos e os custos da carteira, se você não acompanhou a análise anterior clique aqui.  É importante ressaltar que ao definir a alocação da sua carteira, esta decisão poderá influenciar os custos de manutenção principalmente se você decidir diversificar a sua carteira no exterior.

Neste primeiro semestre de 2017, o total de proventos foi R$ 2.330,13 enquanto que os custos no período foram R$ 1.105,04 conforme a figura abaixo:
Proventos x Custos 1º Semestre 2017
Podemos observar que os proventos foram maiores nos meses de Março e Maio com maior participação das empresas do setor Bancário e Energia Elétrica, enquanto que os proventos dos FIIs conseguiram manter o mínimo de R$ 200,00 ao mês. 

Com relação ao custos percebemos um crescimento exagerado no mês de Maio devido a taxa de mudança de custódia da corretora Drivewealth para a TD Ameritrade no valor de R$320,00 abordado nesta postagem. Apesar deste custo alto, essa migração me possibilitará eliminar custos com corretagem na compra de ETFs.

 

Custos da Carteira em 1º Semestre 2017

Custos 1º Semeste de 2017
Podemos perceber que a maior parte dos custos estão relacionados com os investimentos no exterior:
  • Custos de corretagem e transferência de custódia;
  • Custos de spread entre a cotação do dolar e o custo efetivo cobrado pela Remessa Online;
  • Valor do 30% IR dos dividendos para Non Resident Alien.

 

Proventos da Carteira em 1º Semestre 2017

Proventos 1º Semestre de 2017
Apesar da alocação menor em FIIs do que em Ações (apenas 9% em FIIs e 14% em Ações), os proventos pagos por cada classe de ativo ficou equivalente.

Os proventos pagos pelas ETFs no exterior ficaram compatíveis com a alocação da carteira (cerca de 6%).

 

Conclusão

Desta forma, o Indice Custo/Proventos está em 47,42%, ou seja, muito acima do 41,11% obtida no ano passado. Para diminuir este índice é necessário aumentar a alocação em FIIs e Ações pagadoras de dividendos no segundo semestre.

Outro ponto importante é que em Julho/2017 a corretora Rico zerou a sua taxa de custódia (antes era R$12,50). E sabe o que isso significa? Nada Agora irei comprar ações e FIIs na corretora Socopa (custódia de apenas R$ 10,00 se não comprar nenhuma ação e corretagem zero para FIIs) .

A partir do momento em que a carteira de ETFs no exterior for capaz de cobrir todos os custos poderei ficar mais tranquilo com as despesas geradas com esta classe de ativo, por exemplo: os custos da carteira no exterior foram R$ 780,47 (sendo que R$ 320,00 foi não recorrente) enquanto que os proventos líquidos foram de apenas R$ 116,32.

Outra métrica interessante é o Dividend Yield on Market Cap, ou seja, o valor dos proventos pagos no semestre dividido pelo valor de mercado da carteira de renda variável (Ações, FIIs e ETFs no Exterior) é atualmente cerca de 2%. Parece pouco, mas se for analisar pelo crescimento exponencial dos juros compostos, tenho a expectativa que com o passar dos anos este valor irá aumentar.

Estas métricas servem para direcionar os aportes no segundo semestre para alcançar as metas estabelecidas no início do ano. No início de 2018 calcularei novamente estes índices com o intuito de diminuir os custos e aumentar os proventos de forma consistente.

Até a próxima prezados leitores, grande abraço.

14 comentários:

  1. Aportador,

    Por que você coloca os 30% de imposto como custo? Lá fora os impostos são recolhidos pelo investidor enquanto que no Brasil são recolhidos direto na empresa e por isso não pagamos dividendos. Acho que poderia considerar o valor líquido e não colocar como custo esses 30%.

    Outra coisa, só tem ETF na sua carteira? Eu também tenho ações e já ví que é fácil tirar os custos de operações no exterior com a carteira. Em uma negociação com ações eu já consegui o valor do custo da custódia para o ano todo.

    Abraço!

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    1. Olá BPM,

      Eu posso evitar este custo investindo em ETF de acumulação domiciliados na Irlanda, ou seja, eu posso escolher não pagar esse valor. Desta forma é uma custo.

      Lembra do livro "Pai Rico, Pai Pobre"? O principal fator é saber diferenciar um ativo de um passivo. Exemplo: Dinheiro na conta da corretora é um passivo porque não gera renda, imposto sobre dividendos para Non Resident Alien é um passivo porque tira dinheiro do meu bolso, casa própria é um passivo porque não me gera renda. Se eu tiver ETF de acumulação domiciliado na Irlanda, o ganho de capital em função do reinvestimento dos dividendos caracteriza um ativo.

      Essa é a minha forma de contabilizar os investimentos. Grande Abraço.

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    2. Certo, entendi sua lógica.

      Eu contabilizo os dólares na corretora pois apesar de não gerar yield, eles variam conforme o cambio e ficam lá pouco tempo até uma nova compra.

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  2. Muito interessante, Aportador.

    Os custos de transferência de remessa do dinheiro para o exterior realmente pesam bastante. Sabemos que o dinheiro destinado a taxas, SWIFT, IOF e Spread é um dinheiro perdido. Mas como não tem outra maneira (legal) de enviar dólares para lá, basta aceitar e incorporar este custo no orçamento.

    Dividend Yield/Market Cap é uma boa métrica para acompanhamento dos investimentos da carteira. No entanto, caso algum investidor queira utilizar um benchmark como referência, deve se atentar que existe uma mescla de investimentos nos EUA e outros no Brasil. O correto para efeito comparativo seria separar ambos e compará-los com benchmarks específicos (eg: SP 500 p/EUA; CDI ou Ibovespa para BR). De qualquer forma, não vejo utilidade prática em comparações, senão um efeito psicológico que será 50% das vezes positivo e 50% das vezes negativo.

    Excelente post amigo! abs

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    1. Olá Termos Reais,

      Ao montar a minha carteira eu me considero um gestor de fundo multimercado, apesar de não ter a minha disposição um fundo como o Verde Icatu do Luis Stuhlberger com R$ 980 Milhões em patrimônio líquido com taxa de administração de 2% ao ano (gerando R$ 19,6 Milhões de taxa anual). Os fundos multimercados montam operações estruturadas para minimizar os riscos e maximizar os ganhos.

      Eu quero diminuir os custo da carteira para posteriormente montar a Barbell Strategy do Taleb ou a Tail Hedge Strategy do Mark Spitznagel, por enquanto não é viável economicamente montar tais estratégias devido ao custo. Atualmente estou basicamente alocando em ativos com correlação negativa (bolsa x dolar) buscando me posicionar em empresas small caps com potencial de crescimento balanceando com empresas large caps com "beta" menor que zero.

      Em relação aos benchmarks (S&P500, CDI ou IBOV) basta acertar o timing de um black swan (cisne negro) com uma das duas estratégias citadas anteriormente que terei um resultado bem acima dos benchmarks (resultado será não-linear). Espero mais a frente montar estas operações, mas isto será assunto para outras postagens.

      Grande abraço meu amigo, bom final de semana.

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    2. O fundo de referencia na Icatu hj é o Adam previdencia, que tem VOL superior ao Adam Macro e pelo que li o Apel está com boa parte do patrimonio dele neste fundo e cuida diretamente de sua gestao, ao contrario verde Icatu onde o Luis não esta diretamente na gestao deste.

      Também estou estudando as estrategias de hedge e avaliando comprar uma put do SPX.

      Abs

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    3. Legal GTTRAJANO,

      Estou gradativamente diminuindo a minha alocação em PGBL (começou em 44% e agora está abaixo de 30%). De vez em quando eu vejo a composição do fundo para avaliar a estratégia. Até agora esse fundo teve uma performance acima do CDI pois tem uma alocação em RV.

      Pretendo fazer hedge só quando os custos forem cobertos pelo resto da carteira.

      Abraço

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  3. Fala Aportador.

    Socopa é sucesso para FIIs, estou a utiliza-la e gostando bastante.

    Abracos do Brasileiro na Arabia

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    1. Olá BnA, obrigado pela visita.

      A socopa é mesmo um sucesso dos FIIs, ainda mais com o alto spread que existe entre os preços de compra e venda. Espero diminuir consideravelmente os custos de corretagem daqui pra frente.

      Grande Abraço.

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    2. Aportador,

      Ja te sigo a um tempo. Te add na minha blogroll tbm. Hoje lanço minha carteira, de uma olhada la e comentada se tiver alguma sugestão.

      Abraços

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  4. Os custos de investir no exterior ainda é algo que está me fazendo segurar este movimento em minha carteira. Sigo analisando...

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    1. Olá Investidor de Risco,

      Isto depende da sua capacidade de aporte e tempo que deseja deixar investido. O custo de envio é cerca de 2% de spread pra mim, se eu tivesse aberto a conta na TD Ameritrade antes teria um custo muito menor. Outro aspecto interessante é avaliar o valuation dos mercados mundiais trimestralmente em http://www.starcapital.de/research/CAPE_Stock_Market_Expectations.

      Por mais que os custos sejam mais elevados, o fato de estar diversificado globalmente é um fator bem relevante.

      Obrigado pela visita, abraço.

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  5. espero que seu Dividend yield on market cap aumente nos próximos anos

    Abraços e bons investimentos

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    1. Obrigado pela visita Dinheiro Investimento e Lazer.

      Estou trabalhando para isso.

      Grande Abraço e bons investimentos.

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