29 de setembro de 2018

Aporte Setembro/2018

"Failure is the key to success; each mistake teaches us something." 
(Morihei Ueshiba)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Neste mês o noticiário está dominado pelo período eleitoral, causando bastante volatilidade. Lembre-se que na visão do investidor estrangeiro a bolsa brasileira está mais descontada com a alta recente do dólar.

Na minha carteira houve dois ativos que cairam bastante BVMF:MPLU3 (Multiplus) e BVMF:MFII11 (FII Merito Desenvolvimento), causando forte desvalorização, faremos alguns comentários abaixo sobre a reprecificação destes ativos. Sem mais delongas, o aporte de Setembro/2018 foi:

Aporte Setembro/2018

Antes de mais nada, como se chega no preço de um ativo de renda variável? Basicamente é o somatório de todos os fluxos futuros, inclusive na perpetuidade, descontado a valor presente. No caso da Multiplus (BVMF:MPLU3) o valor presente de fechamento de capital foi estabelecido R$ 27,22  por ação (fonte), ou seja, acabou a perpetuidade e quem pensa no longo prazo (como eu) para receber todos os fluxos futuros, deverá repensar a sua estratégia e aceitar o possível prejuízo.

PGBL

Foi aportado R$ 1.500,00 no fundo PGBL Multimercado de Renda Variável Alaska 70 Icatu Previdenciário FIM. Se você deseja conhecer mais sobre este fundo, está explicado nesta postagem aqui.
Nste ano já foi aportado R$ 28.500,00 em PGBL, sendo que R$ 9.600,00 foi de "dinheiro novo". Ainda estou distante no teto de 12% da renda tributária para o desconto de Imposto de Renda. 

Ações

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • VENDA PARCIAL  WEGE (BVMF:WEGE3) - Empresa excelente com ótima gestão que possui receita em dólar, com um potencial de crescimento limitada pela sua posição no mercado brasileiro. O motivo da venda parcial é orque considero outras empresas com um potencial de retorno melhor.
  • VENDA PARCIAL MULTIPLUS (BVMF:MPLU3) - devido a comunicado do controlador, não estou interessado na oferta de compra a R$ 27,22. Possivelmente, o mercado irá desvalorizar ainda mais para o fechamento de capital (OPA). Será substituida por outra empresa da carteira.
  • Telefônica VIVO (BVMF:VIVT3) - empresa consolidada, geradora de proventos que recentemente teve um ganho de R$ 1,6 Bilhão referente ao recolhimento de PIS/Confis sobre a base do ICMS (fonte). Ficou ex-jscp pagando R$ 1,32 líquido por ação (Dividend Yield de 3,5% neste semestre)(fonte).
  • Grandene (BVMF:GRND3) - empresa do setor de calçados, bem administrada que teve uma queda no resultado financeiro devido a queda da Selic, porém continua bem operacionalmente com um crescimento de 9% da geração de caixa Ebitda no 2T2018x2T2017 e aumento de 9,4% na comparação semestral. Está muito atrativa no valuation atual.
  • Cia Hering (BVMF:HGTX3) - empresa que vem patinando a algum tempo sem crescimento, porém continua gerando caixa e pagando proventos, seguimos acompanhando a mudanças recentes (fonte). A empresa empresa segue na carteira, vamos aguardar os próximos resultados. 
  • Fleury (BVMF:FLRY3) - empresa do setor de saúde com bom potencial de crescimento acima do PIB nos pŕoximos anos, com bom potencial de crescimento, onde que no valuation atual está bem atrativa.
  • Hyperafarma (BVMF:HYPE3) - empresa também do setor de saúde com bom potencial de crescimento acima do PIB nos pŕoximos anos, com forte geração de caixa e também no valuation atual está bem atrativa.
  • Alupar (BVMF:ALUP11) - empresa do setor de trasmissão de energia, que foi vencedora dos lotes K,M e O do leilão da Eletrobrás (fonte). COm isso, esta reafirma sua estratégia de crescimento, analisando as melhores oportunidades de alocação de capital.
  • M Dias Branco (BVMF:MDIA3) - empresa que possui caixa líquido, mesmo com a compra da Piraquê (fonte). Está sendo negociada a um preço convidativo abaixo dos R$ 40,00, mas devemos ficar de olho nos custos dos insumos cotados em dolares.
  • Itausa (BVMF:ITSA4) - holding de um dos banco mais rentáveis do mundo. Abaixo de R$ 10,00 é compra na minha carteira, visando completar o bloco fracionário da carteira.

Fundos Imobiliários

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • Vinci Shopping Centers  (BVMF:VISC11) - tem participação minoritária em sete shoppings, o setor mais resiliente dentro do mercado de properties (leia-se galpões logísticos, hotéis, lajes corporativas etc.).Com vacância física na ordem de 4,50%, possui valuation atrativo, FFO yield de 7,2% para os próximos 12 meses e TIR real e líquida de 7,7%.
  • Kinea Rendimentos Imobiliário (BVMF:KNCR11) - é um dos melhores FIIs de papéis do mercado, com uma carteira diversificada em excelentes empresas, contratos lastreados em imóveis prontos, garantias de diferentes tipos, alta liquidez, ampla base de cotistas, e que tende a performar bem em momentos de estresse de juros futuros. 
Portanto, o total de Aporte do mês de Setembro/2018 foi de R$ 10.000,00
Informo com grande satisfação que a meta de aportes do ano foi alcançada com três meses de antecedência. Apesar da rentabilidade anual ainda não ser a ideal, sigo comprando empresas mais descontadas de forma a equilibrar o risco da carteira.

Grande abraço a todos e até o fechamento.

26 de setembro de 2018

Minha Carteira PGBL

"Successful hedge funds will be entrepreneurial; it is the essence of the craft." 
(Paul Singer)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Em continuidade a postagem Por que os PGBLs se tornaram mais competitivos?, eu apresento a composição da Carteira de PGBL mostrando o percentral de cada fundo e um pouco do racional de cada gestor. 

Atualmente, os fundos que compõem a carteira de PGBL são:
Minha Carteira PGBL

CA INDOSUEZ PREVIDÊNCIA  FIRF REFERENCIADO DI CP (45%)


Fundo de Renda Fixa de Cŕedito Privado, que possui o CNPJ: 12.796.193/0001-18, a taxa de administração é 0,8% ao ano e a aplicação mínima inicial é de R$ 10.000,00. 

Basicamente, este fundo investe em títulos de dívida emitida pelas maiores empresas do país (Lojas Americanas, Light Energia, etc)  e dívidas de bancos (Bradesco, Banco ABC, Sofisa, Daycoval, Haitong, Safra) de forma bastante pulverizada. Desta forma, é possível obter uma rentabilidade de 100% do CDI nos últimos 24 meses, com uma volatilidade de 0,20% nos últimos 12 meses.

Esta parte da carteira de renda fixa não é para ter uma rentabilidade espetacular, porém se fosse fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida da defesa, para o time não levar gols do adversário.

VERDE AM ICATU PREVIDÊNCIA (35%)


Fundo de Previdência Multimercado com Média Volatilidade, que possui o CNPJ: 23.339.936/0001-47, a taxa de administração é 2,0% ao ano e a aplicação mínima inicial é de R$ 30.000,00.
 
A criação de um fundo de previdência pela Verde Asset, gestora de Luis Stuhlberger, é um oásis em meio à indústria de pior qualidade do universo dos investimentos. Se você não conhece o gestor, recomendo a leitura desta entrevista que o Investidor Ingles publicou.

Desde 1997, quando foi criado, o Verde rendeu 13.021%, contra 1.647% do CDI. O portfólio somente perdeu para o CDI duas vezes: em 2008 e 2014.  No primeiro, ano de crise global, teve prejuízo de 6,4%. No segundo, ganhou 8,8%. Não há nada igual na indústria.

E como o Stuhlberger consegue isso? Em primeiro lugar ele antecipa magistralmente tendências, especialmente em câmbio. E, em segundo, tem consciência de suas limitações para prever o futuro e estrutura proteções para o portfólio. O fundo Verde Previdência não é, infelizmente, um fundo gerido pelo Stuhlberger, mas sim por sua equipe, especialmente por seu braço direito, Luiz Parreiras.

Há ainda os limites da regulamentação de previdência. Algumas proteções não podem ser montadas e é vetada a montagem de posições vendidas, que ganham com a desvalorização dos ativos. Apesar das limitações, de acordo com a equipe da Verde, o fundo de previdência segue os princípios gerais que a gestora tem para todos os fundos. Se, em algum momento, houver uma exposição pesada em bolsa casada com uma proteção que não puder ser replicada na carteira de previdência, a posição em bolsa estará também no fundo de previdência, só que em menor quantidade, ou apenas com as ações mais defensivas.

Parece óbvio, mas é preciso reforçar no caso da previdência: a vantagem do Verde começa pelo fato de não ficar concentrado somente na renda fixa. Além de operar juros, o fundo pode ter posições em moedas e bolsa. É um mix muito mais interessante para o longo prazo.

Leia a carta mais recente do gestor aqui e, se fosse fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida do meio de campo, para o time aproveitar o cenário macro para impor o ritmo de jogo ao adversário.

ALASKA 70 ICATU PREVIDENCIÁRIO FIM (20%)


Fundo Previdenciário Multimercado Renda Variável que possui o CNPJ 29.722.458/0001-36, a taxa de administração de 1,5% ao ano e a aplicação inicial mínima é de R$ 30.000,00. 

O fundo terá exposição fixa de 70% em ações e 30% em ativos de renda fixa. Sua carteira de ações terá a mesma composição dos fundos da família Black, em especial o fundo Alaska Black Institucional FIA. A equipe de gestão principalmente o Henrique Bredda e o seu mentor Luiz Alves Paes de Barros.

Luiz Alves defende que a bolsa vive de ciclos, em uma correlação que não parece tão intuitiva: Produto Interno Bruto (PIB) baixo, bolsa em alta. Com a economia animada, têm início os IPOs (aberturas de capital), as empresas começam a comprar maquinário, a não distribuir dividendos... E aí a bolsa cai, diz o veterano. Belo recado para quem está esperando a economia se animar para mergulhar na bolsa, não? Você pode chegar atrasado.
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Outro charme da carteira do Alaska é que ela é pouco correlacionada com a do restante do mercado. Entre as maiores posições estão Sonae Sierra Brasil, São Carlos, Magazine Luiza e Cosan Logística, que o gestor vê como um veículo de investimento em Rumo. Enquanto a maior parte dos gestores se concentrava em 2016 em Itaú, Renner e Cielo; Luiz Alves pesava a mão em Rumo, Magazine Luiza e Sanepar. Talvez por conta de sua grande e antiga posição em Comgás, Luiz Alves é tido como um grande adepto do buy and hold,  mas a verdade é que ele gira bastante a carteira.

Agora a gestora está analisando o tema commodities. A tese é que, depois de apanhar por seis anos, pode ser que o segmento engate um novo ciclo. Os fundos da casa já têm Fibria, Klabin e Braskem dentre as empresas que devem ganhar com a tese.

O fundo de ações precisa ter pelo menos 67% do patrimônio investido em bolsa. Com o resto, pode investir em qualquer ativo. “Assim não vamos precisar devolver o dinheiro do cotista se acharmos que a Bolsa vai para o saco”, explica Henrique. Mais detalhes no vídeo abaixo:


Ao fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida do ataque, para o time marcar gols necessários para ganhar o campeonato de pontos corridos (independência financeira). 

Conclusão


Como vocês podem observar, atualmente eu utilizo o esquema 4-4-2 na carteira PGBL, sendo que se o cenário se tornar mais positivo após as eleições presidenciais eu posso mudar para o esquema 4-3-3. Entretanto, se o cenário tenebroso vier a tona, é possível que eu arme uma retranca no meu time para evitar perdas.

As informações acima não constituem dica de investimentos, por favor avalie cada fundo de investimento é adequado ao seu perfil.

Espero que tenham gostado, grande abraço e até a próxima.

21 de setembro de 2018

Por que os PGBLs se tornaram mais competitivos?

"The only source of knowledge is experience." 
(Albert Einstein)

Olá meus amigos da blogosfera fiananceira, tudo tranquilo? Ultimamente tenho andado um pouco ausente do blog, mas acompanho na medida do possível algumas postagens dos demais colegas. Hoje abordaremos o complemento da postagem PGBL e o Planejamento Sucessório, no qual irei apresentar porque os PGBLs se tornaram mais competitivos nos ultimos anos.

Se você está em dúvida se este produto é adequado ao seu perfil, procure analisar os seus objetivos antes de tomar alguma decisão.
Avalie o seu perfil antes de tomar sua decisão

Mas por que PGBL?


Antes de apresentar as minhas premissas, sugiro a leitura do artigos Como perder dinheiro com planos PGBL e VGBL - Parte I e Parte II do Viver de Renda publicados em 2009, no qual ele citava as altas taxas de carregamento e taxas de administração existentes nos fundos disponíveis naquela época que tiravam qualquer vantagem ao investidor. Entretanto, atualmente há mais opções com menor custo para aplicar em previdência privada, com gestoras independentes tais como Verde, a Ibiúna, a Garde, a SPX, a Adams, o BTG Pactual, Alaska, entre outras.

Para facilitar a nossa vida, passou a vigorar em maio de 2016 a nova legislação de previdência, a Lei 4.444 que amplia os ativos permitidos em fundos de previdência, estendendo as opções para ETFs (fundos de índice), fundos imobiliários e BDRs por exemplo.

O investimento em ações, até então restrito a 49% do patrimônio, pode chegar a 70% em fundos oferecidos no varejo e 100% para qualificados pelas novas regras. Outra mudança importante foi em setembro de 2017, foi a permissão de cobrar taxa de performance nos fundos de previdência, o que muitas vezes atrai os melhores gestores.

No meu caso específico, agora tenho dependente, tenho gastos com plano de saúde, daqui a alguns anos terei gastos com educação e ainda consigo restituir parte  do Imposto de Renda sobre dividendos que recebo com a Carteira de ETFs no Exterior. Além disso, caso o novo presidente eleito resolva tributar os dividendos no Brasil, eu poderei através do resgate/reinvestimento aumentar a minha restituição conforme expliquei aqui.

Mas tem como provar matematicamente a vantagem do PGBL?


Irei resumir os argumentos do Swine One e do MJC na postagem As vantagens da previdencia privada do tipo PGBL do excelente blog Valores Reais.

1) Quando a composição do saldo do investimento for de 1/3 de aportes e 2/3 de rendimentos, o PGBL já é melhor negócio.

Swine One: Suponha que você aportou R$ 100.000 em um investimento, o qual rendeu de juros até hoje R$ 200.000, totalizando um saldo de R$ 300.000, com as proporções indicadas entre aportes e rendimentos. Suponha também que estes são valores brutos, sobre o qual não houve nenhuma incidência de imposto, e que os prazos relevantes foram cumpridos (10 anos para o PGBL, 2 anos para o investimento convencional). Se este fosse um PGBL com tabela regressiva, você pagaria 10% sobre o saldo (R$ 300.000), o que daria R$ 30.000 de imposto. Se fosse um investimento convencional como Tesouro SELIC, você pagaria 15% sobre os rendimentos (R$ 200.000), o que daria os mesmos R$ 300.000 de imposto. Nesse caso tanto faz um ou outro.

Agora para outro exemplo: Os mesmos R$ 300.000 investidos, só que dessa vez divididos entre R$ 90.000 de aportes e R$ 210.000 de juros. No PGBL, você ainda pagaria os mesmos R$ 30 mil de imposto, pois o saldo não mudou. Em um investimento convencional, você pagaria 15% sobre os R$ 210.000 de rendimentos, e portanto R$ 31.500 de imposto, o que é mais do que o imposto pago no PGBL, provando que neste caso a vantagem é do PGBL.

E nem levei em conta que, no PGBL, você receberá uma restituição no imposto de renda que não receberia com um investimento convencional. É impossível colocar um limiar exato onde o PGBL se torna mais vantajoso, pois depende do rendimento do investimento, fluxos exatos de aportes, momentos exatos de cobrança de imposto, taxas de administração, etc.

2) Quanto a aplicação deve render mais que o PGBL para valer a pena considerando a restituição do imposto?

MJC: Suponha que você está na faixa de 27.5% do IR (bem típico pra quem compra PBGL) e recebeu um aumento salarial de 1000 reais. Suponha que você quer pegar esses 1000 reais e investir por conta própria. Inicialmente, incide o IR sobre os 1.000 reais, ou seja, você terá apenas 725 disponíveis para investir. Suponha que após 10 anos você conseguiu uma rentabilidade de x%, ou seja, seu total será de (1 + x)*725 e você pagará 0.15*x*725 de imposto de renda. Agora suponha que você coloque no PGBL. Nesse caso, você terá os 1000 reais para investir (725 hoje e 275 de retorno no ajuste do IR). Suponha que seu PGBL rendeu y% em 10 anos. Ao final do prazo seu total será de (1 + y)*1000 e você pagará 0.1*(1 + y)*1000 de IR.
Assim, no final de 10 anos você terá, líquido:
Investir por Conta Pŕopria x Investir em PGBL
Normalmente, a rentabilidade do PGBL  pode ser menor que a rentabilidade ao investir por conta pŕopria. Então: supondo que y < x, qual deve ser a relação entre x e y para que a rentabilidade iguale? Para isso, vamos ver o ponto em que as rentabilidades se igualam:
Relação de Rentabilidades após 10 anos
Suponha que o PGBL consiga uma rentabilidade de 100% em 10 anos (y = 1). Isso significa que, em 10 anos, você vai precisar de x = 0.28397 + 1.46 = 1.74, ou seja, 174% em 10 anos apenas para igualar o rendimento líquido desse aporte. Ou seja, por conta do benefício fiscal, nesse exemplo, se você não conseguir uma rentabilidade de 74% maior, vale a pena continuar no PGBL.

Como alguém pode achar muito estranho a conta, vamos para a prova dos 9. Suponha seus R$ 1000,00 que viraram R$ 725,00 depois do IR. Se você conseguir multiplicar eles por 2.74 (rendimento de 174%), você terá R$ 1986,50. Como o IR de 15% é apenas sobre o rendimento, você terá líquido 1986,50 – 0,15(1986,50 – 725,00) = R$ 1797,30. Se você tiver 1000 reais e colocar no PGBL (colocando tudo, inclusive o benefício fiscal), considerando o rendimento de apenas 100%, você terá bruto R$ 2000. Descontando o IR de 10% sobre o valor total, temos R$ 1800. A diferença de R$ 3 é por conta do arredondamento de casas decimais.

Conclusão

Fiz esta postagem para explicar que uma estratégia bem definida é capaz de obter resultados muito consistentes. Nos últimos 11 anos, a Taxa Interna de Retorno da carteira PGBL está 16,49% ao ano, sendo que a proporção valor dos aportes sobre o total da carteira ja está em 30% (abaixo de 1/3). Desta forma, o PGBL já está sendo mais vantajoso em relação ao outros investimentos tradicionais.
 
Mas para obter resultados consistentes no longo prazo, é necessário delegar a decisão dos investimentos a um gestor experiente, como por exemplo: Verde, a Ibiúna, a Garde, a SPX, a Adams, o BTG Pactual, Alaska, entre outras.

Um ponto interessante para ressaltar é que o aporte inicial de alguns fundos mais respeitados é relativamente alto (acima de R$ 30 mil). Se você deseja conhecer  os principais fundos disponíveis clique aqui ou procure um agente autônomo de investimento.

Para esta postagem não ficar multo extensa, pretendo apresentar cada fundo da minha carteira, explicando o racional de cada gestor.

Grande abraço meus amigos, até a próxima.

2 de setembro de 2018

Fechamento Agosto/2018: R$ 593.041,65

“Everybody has a plan until they get punched in the mouth. Then, like rats, they stop in fear and freeze.” 
(Mike Tyson)

Olá meus amigos tudo bem? Sejam bem-vindos a mais uma etapa da minha jornada financeira. Este mês de agosto/2018, o noticiário está girando em torna da eleições. Se você não possui estômago para aguentar o sobe-e-desce da renda variável, sugiro comprar uma parte da carteira em dólar ou possuir grande parte do seu patrimônio em renda fixa. Mas lembre-se do custo de oportunidade de não estar alocado na renda variável.

No fechamento deste mês, há uma rendatabilidade bem expressiva devido a minha estratégia com PGBL, com o reinvestimento Restituição do IR.  Indo diretamente ao ponto, o fechamento  de Agosto/2018 foi:
Fechamento Agosto 2018

Carteira: R$ 593.041,65
Aporte: R$ 17.000,00
Rentabilidade Mensal: 2,06%
Rentabilidade Anual: 3,38%

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve desvalorização de -2,52%, com destaque negativo para (BVMF:MPLU3) e (BVMF:B3SA3) que desvalorizaram -12,17% e -8,53% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:TUPY3) e (BVMF:HGTX3) com valorização de 18,33% e 11,25% respectivamente. O índice Bovespa desvalorizou  -3,21% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma valorização de 8,73% devido a subida do dolar em 8,02% no mês. O destaque positivo foi (NYSEARCA:SPTM) com 3,48% de valorização.
  • A Carteira de FIIs  obteve valorização de 0,22% com com destaque positivo  para (BVMF:ABCP11) com valorização de 3,62% e o destaque negativo ficou por conta de (BVMF:KNRI11) com queda de  -5,89%. O índice IFIX desvalorizou  -0,52% este mês.
  • A Carteria de NTNBs valorizou 0,06% este mês, enquanto que a carteira PGBL valorizou 6,66% este mês como informei anteriormente.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira

Como podemos observar a composição de Renda variável está em torno de 45% (Ações, ETFs Exterior e FIIs), isto sem contar a carteira de PGBL que possui mais de 50% em ativos de renda variável.

Eu sigo otimista com o momento atual de renda variável, independente do resultado da eleição, pois as reformas são inevitáveis devido ao estrago existentes na divída pública e a impossibilidade do presidiário Lula ser candidato. 

Para ilustrar o momento atual, vou citar uma pergunta feita ao Henrique Bredda, gestor do Fundo Alaska Black no qual eu sou cotista através do PGBL ALASKA 70 ICATU PREVIDENCIÁRIO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

    Pergunta do Cotista: "Estou muito assustado com o futuro dos rendimentos do fundo. Pelo rendimento de ontem parece que o fundo está vendido em dólar, qual percentual? Qual seria o cenário otimista e pessimista para a moeda?"

    Resposta Gestor Alaska: "O rendimento do fundo poderá te assustar bastante até o final do ano, ou pelo menos até se resolver as eleições. Dada toda incerteza eleitoral, isso é possível. O fundo está 100% comprado em ações e 100% vendido em dólares.
  
    Estamos com o risco máximo, pois entendemos ser uma daquelas raras ocasiões em que achamos essa combinação de bolsa barata com a moeda brasileira também barata. Isso provavelmente se estenderá por meses, pode baratear muito mais, mas os preços já nos dão muito conforto para comprar.

    O fundo não faz projeção para onde vai o preço do dólar. Só sabemos se está bom para comprar ou bom para vender. Achamos o dólar está excelente para vender. Seria um chute grosseiro sem a menor precisão, mas podemos dizer que será perfeitamente normal se esse dólar se estressar até R$ 4,50 pré eleição, ou >5 reais se for eleito um presidente que desagrade o mercado. Mas entendemos que mesmo um presidente que não seja da preferência do mercado, terá que lidar com orçamento apertado, continuar com as reformas, enfim, terá que fazer o que precisa ser feito, como sempre.

    Caso não faça, o mercado pode estressar muito mais até o ponto em que o governante caia. Se o próximo presidente for uma pessoa que agrade o mercado, o dólar pode ceder rápido. Não temos muita ideia para quanto, mas qualquer patamar abaixo de R$ 3,50~3,40 será perfeitamente normal. Se as reformas derem início no 1º semestre de 2019, talvez possamos ver esse dólar perto de R$ 3,00. Enfim, isso é o que imaginamos para o curto prazo. Mas os nossos olhos estão mirando o longo prazo. Bem longo (>5 anos)."

Lembrando que as posições de destaque do fundo são Petrobrás (PETR4), Rumo Logística (RAIL3) e Magazine Luiza (MGLU3). Se você na possui twitter, recomendo seguir o @hbredda e aprender com seu ponto de vista.

No campo pessoal, estou particularmente muito feliz. Como eu havia informado anteriormente, minha filha nasceu este mês perfeitamente saudável. Espero passar bons valores, ter várias experiências interessantes, além de ensinar de forma gradativa os conceitos de educação financeira. 

E para finalizar, como eu sou filiado ao Partido Novo, meu voto para presidente é João Amoedo (30), além de votar na legenda do Novo para todos os demais cargos.


Grande abraço e até a próxima.