31 de dezembro de 2018

Fechamento Dezembro/2018: R$ 672.694,06

"Year's end is neither an end nor a beginning but a going on, with all the wisdom that experience can instill in us." (Hal Borland)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, sejam bem-vindos a mais um fechamento do ano. Este momento é interessante pra mim porque eu costumo analisar as minhas decisões de investimentos que impactaram tanto positivamente quanto negativamente o resultado carteira.

O resultado da minha reflexão foi que no geral obtive um resultado positivo, com todas as metas de 2018 alcançadas, onde eu sigo aprendendo cada vez mais a cada ano. O fechamento do ano de 2018 foi:
Fechamento Dezembro/2018
Carteira: R$ 672.694,06
Aporte: R$ 10.700,00
Rentabilidade Mensal: 0,08%
Rentabilidade Anual: 10,74%
IPCA acumulado em 2018: 4,05% (divulgado em 07/12/2018)

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve valorização de 0,56%, com destaque negativo para (BVMF:PETR4) e (BVMF:FLYR3) que desvalorizaram -10,92% e -8,43% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:HGTX3) e (BVMF:SAPR11) com valorização de 13,38% e 7,61% respectivamente. O índice Bovespa desvalorizou  -1,81% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma desvalorização de  -6,38% devido ao sell-off no mercado americano em dezembro, com destaque negativo para (NYSEARCA:SPYV) com  -10,88%  de desvalorização. Além disso, o dólar americano valorizou somente  0,43%  este mês.
  • A Carteira de FIIs  obteve valorização de 3,06%, cujo destaque positivo ficou por conta de (BVMF:ONEF11) com valorização de  15,45%. O índice IFIX valorizou  2,22% este mês..
  • A Carteria de NTNBs valorizou 0,97% este mês, enquanto que a carteira PGBL desvalorizou -0,69% este mês.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.
Composição Carteira Dezembro/2018.
O ativo que mais rendeu no ano de 2018 foi o dólar americano, entretanto como eu possuo a carteira de ETFs no exterior alocada em sua grande parte em ações, o dolar apenas suavizou o resultado da carteira. Mas no geral o resultado foi dentro do esperado, com um crescimento real da carteira em 6,43% ( 10,74% de rentabilidade com 4,05% de inflação).

E em 2018 o que mais contribuiu para o aumento do patrimônio? Aportes x Rentabilidade? Conforme podemos observar na figura abaixo:
Aporte x Rentabilidade 2018
O total aportado em 2018 foi R$ 137.000,00 (32% acima do ano anterior) e o fechamento de Dezembro/2017 foi R$ 474.491,74. Desta forma a rentabilidade no ano foi de R$ 61.202,32 ou R$ 5.563,85 por mês. Acredito que o aporte foi o grande responsável pelo aumento patrimonial já que não tenho como controlar qual será a rentabilidade da carteira no próximo ano.

O momento mais importente pra mim em 2018 foi o nascimento da minha filha, sendo que desempenhar o papel de pai tem sido muito interessante, pois é muito trabalhoso e ao mesmo tempo recompensador.

O importante é seguir o plano, continuar trabalhando, poupando, investindo, aprendendo com os erros e deixar os juros compostos trabalharem por mim. 
 
Grande abraço meus amigos, desejo um 2019 cheio de realizações e felicidades para todos. Feliz Ano Novo, muita paz, saúde e suce$$o!

20 de dezembro de 2018

Aporte Dezembro/2018

"Success comes not from having certainty, but being able to live with uncertainty." 
(Jeffrey Fry)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Estamos próximo ao fim do ano, é hora de avaliar como foram as nossas ações (atitudes) durante todo ano. Neste momento, eu gosto de rever as minhas decisões no passado, reler o que eu escrevi para que eu possa aprender com os erros do passado.

Durante o ano de 2018, houve muita volatilidade (oportunidade) durante o período eleitoral e como há uma expectativa de desaceleração da economia mundial nos próximos anos, há possibilidade de comprar alguns ativos mais baratos em 2019. Sem mais delongas, o aporte de dezembro/2018 foi:
Aporte Dezembro/2018
Renda Fixa
Conforme eu tinha informando anteriormente, busco manter cerca 5% da carteira em um fundo de renda fixa com liquidez imediata. Atualmente, ainda possuo somente 4% da carteira neste fundo de renda fixa.

PGBL

Considerando o último mês para fazer aportes para obter uma maior restituição do IR em 2019, foi feito o aporte no fundo Vitreo FoF Superprevidencia, o colega Investidor de Risco fez uma postagem sobre este fundo. Pretendo escrever sobre este fundo no futuro.

Em 2018, foi aportado R$ 15.600,00 de dinheiro novo em PGBL que irá gerar uma restituição do IR de no mínimo R$ 11.137,50 utilizando a estratégia ideal com PGBL.

 

Ações

As operações deste mês foram:
  • Engie (BVMF:EGIE3) - Empresa do setor elétrico que fez uma bonificação recentemente, compra necessária para manter a proporção de 4:1 devido a bonificação. Ainda está com um valuation atrativo. 
  • Wege (BVMF:WEGE3) - empresa do setor industrial que possui receita em dólares, pode se prejudicar com a desaceleração mundial, mas possui resultados muitos consistentes nas crises. Esta compra foi para completar o lote padrão.
  • VENDA TUPY (BVMF:TUPY3) - empresa do setor industrial que possui receita em dólares, pode ter resultados cíclicos e estar acima do preço que considero justo (R$ 19,00), foi realizada a venda para ser substituída por outra empresa cíclica.
  • Petrobrás (BVMF:PETR4) - empresa pública do setor de óleo e gás que possui receita em dólares diretamente proporcional ao valor do barril de petróleo, pode se prejudicar com a desaceleração mundial, mas possui um plano estratégico 2019-2023 visando a desalavancagem da companhia. Por possuir um risco maior, está limitado a 3% da carteira e no preço teto de R$ 24,00.
  • VENDA Cia Hering (BVMF:HGTX3) - empresa do setor de vestuário que está em transição para um novo modelo operacional. Na ultima prévia, houve um aumento da SSS (Same Stores Sales), porém por considerar que está acima do percentual aceitável na carteira (5%) e acima do preço considerado justo (R$ 23,00), houve uma venda parcial para reequilibrar a carteira.
  • FRAS-LE (BVMF:FRAS3) - empresa do setor industrial que possui receita em dólares, porém pode se beneficiar do crescimento do mercado interno brasileiro.  Ainda está com um valuation atrativo.   

FIIs

As operações deste mês foram:
  • VENDA Merito Desenvolvimento (BVMF:MFII11) - fundo de desenvolvimento que gerou muita volatilidade em 2018, apesar dos resultados promissores no futuro, este fundo não está adequado ao meu perfil de risco. 
  • GGR Covepi Renda (BVMF:GGRC11) - fundo do setor de logística que possui uma gestão ativa que mostrou bastante desenvoltura desde a ultima emissão. Este fundo realizará mais uma emissão e irei participar. O nosso colega Ministro dos Investimentos fez um comentário interessante sobre a próxima emissão.
  • VENDA BTG Pactual Fundo de CRI  (BVMF:FEXC11) - fundo  de recebíveis que está sendo negociado a 1,05 do valor patrimonial, com grande parte da carteira associada ao IPGM que obteve uma deflação em novembro. Irei analisar outros fundos de recebíveis para a carteira.
  • Industrial do Brasil  (BVMF:FIIB11) - fundo do setor de logística que possui parte dos galões localizados em Joinville-SC. O setor de logística será um driver para o crescimento da economia local nos próximos anos em que a taxa Selic continuará no menor patamar da história.

Portanto, o total de aporte do mês de Dezembro/2018 foi de R$ 10.700,00.

Até a próxima, grande abraço.

Observação:  As informações apresentadas não constituem dicas de investimentos. Portanto, tome as suas próprias decisões e/ou consulte um profissional de investimento certificado antes de investir seu dinheiro.

5 de dezembro de 2018

Fechamento Novembro/2018: R$ 661.437,06

In the end, all business operations can be reduced to three words: people, product, and profits. 
(Lee Iacocca)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Estamos chegando a mais um final de ano e pelo menos para a maioria dos investidores em renda variável, neste últimos meses obtivemos uma valorização expressiva. Acredito que devemos ter cautela com todo este otimismo, porque o novo governo ainda nem assumiu e nem aprovou nenhuma reforma. Apesar disso, continuo otimista com o ciclo de alta da bolsa.

Quando as expectativas eram as piores possíveis, tudo era mais "barato". Mas tudo bem, renda variável é assim mesmo, pois apesar da diminuição das assimetrias mais aparentes, ainda há alguns ativos com certa margem de segurança. Sem mais delongas, o fechamento de Novembro/2018 foi:
Carteira: R$ 661.437,06
Aporte: R$ 8.800,00
Rentabilidade Mensal: 2,45%
Rentabilidade Anual: 10,65%
IPCA acumulado em 2018: 3,81% (divulgado em 07/11/2018)

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve valorização de 4,81%, com destaque negativo para (BVMF:MDIA3) e (BVMF:WEGE3) que desvalorizaram -9,13% e -1,00% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:HGTX3) e (BVMF:TUPY3) com valorização de 13,86% e 12,74% respectivamente. O índice Bovespa valorizou  2,38% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma valorização de  6,69% devido a subida de todos os ETFs, com destaque positivo para (NYSEARCA:SPEM) com  5,05%  de valorização. Além disso, o dólar americano valorizou  3,88%  este mês.
  • A Carteira de FIIs  obteve valorização de 3,56%, cujo destaque positivo ficou por conta de (BVMF:MFII11) com valorização de  17,26%. O índice IFIX valorizou  2,59% este mês..
  • A Carteria de NTNBs valorizou 0,42% este mês, enquanto que a carteira PGBL valorizou 0,73% este mês.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.

Composição da Carteira Novembro/2018
Como podemos observar, o percentual de renda variável está em torno de 46,7%, um pouco acima da média dos últimos meses. Como eu utilizo a alocação de ativos, é hora de reforçar o percentual da carteira em renda fixa para manter o equilíbrio do portifólio.

Ultimamente ando meio distante do blog, sem novas ideias para postar sobre finanças, mas acredito que é só uma fase. Se eu não tenho como contribuir positivamente, então não vou ficar escrevendo postagens para ganhar cliques e ainda por cima tirar o tempo de vocês.

Irei resumir o que aconteceu no ultimo mês:
  • Como o Temer sancionou o aumento do salário dos ministros do STF, terei um aumento em breve. Eu não concordo com a moralidade deste aumento, mas como eu estou buscando ser independente financeiramente, vou buscar aportar essa diferença para depender cada vez menos da minha renda proveniente do salário (renda ativa).
  • Aproveitei a Black Friday para assinar o Kindle Unlimited por R$ 1,99 durante 3 meses. Como eu possuo uma forma de converter o livro para download, estou baixando alguns livros interessantes sobre finanças para depois escrever um review sobre eles.
  • Gostei muito do relato do Investidor Precoce no ultimo fechamento, principalmente na parte relacionado aos filhos pois estou passando por este momento atualmente.
  • Todas as metas de 2018 já foram alcançadas, agora é focar em 2019.

Grande Abraço e até a próxima.

20 de novembro de 2018

Aporte Novembro/2018

"No legacy is so rich as honesty." 
(William Shakespeare)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Ultimamente eu ando um pouco distante do blog, mas aqui é um diário da minha trajetória até a independência/liberdade financeira. 

Na minha humilde opnião, atualmente há ainda um enorme potencial de alta das empresas focadas no mercado interno. Cabe ressaltar que vários empresários estão investindo para aumentar a sua capacidade de produção, pois as empresas estão no maior nível de otimismo desde 2014 (fonte). Como isso, é importante ter uma parte da carteira com liquidez em renda fixa esperando a volatilidade que virá pela frente. 

Uma vez que as reformas estruturantes sejam aprovadas, é possível que o fluxo de capital estrangeiro na B3 pode aumentar consideralmente (fonte). Sem mais delongas, o aporte de Novembro/2018 foi:
Aporte Novembro/2018

Renda Fixa

Com esta alta recente dos ativos de renda variável, é necessário reequilibrar a renda fixa de liquidez diária para aproveitar a volatilidade das ações. Desta forma, eu busco manter cerca 5% da carteira em um fundo de renda fixa com liquidez imediata. 
 

Ações

As compras deste mês foram:
  • Hyperafarma (BVMF:HYPE3) - Empresa do setor de saúde que possui a estrutura de custos em dólar. Continua forte operacionalmente com um valuation atrativo. 
  • VALE (BVMF:VALE3) - empresa cíclica com receita em dólar, que está gerando muito caixa no último trimestre (3T2018), possui bastante volatilidade que é interessante para o investidor focado no longo prazo. Acredito que terá um aumento de demanda no futuro com a popularização dos carros elétricos.

FIIs

As compras deste mês foram:
  • The ONE (BVMF:ONEF11) - fundo monoativo de lajes coorporativas que possui ótima localização, não possui vacância, e revisinais em 2019 indexado ao IGP-M (10,8% nos últimos 12 meses).  Possui pouca liquidez, mas é adequado a meu perfil. Possui  um FFO yield de 6,9% para os próximos 12 meses e TIR real e líquida de 7,9%
  • Grand Plaza Shopping  (BVMF:ABCP11) - fundo mono imóvel também do setor de shopping centers, que teve um alta recente no valor das suas cotas. Com vacância física na ordem de 1,20%, também possui  um FFO yield de 7,2% para os próximos 12 meses e TIR real e líquida de 7,7%.

Financiamento Imobiliário

Este mês houve uma amortização de R$ 4.000,00 no meu financiamento imobiliário:
Saldo devedor: R$ 9.560,74
Valor da parcela: R$  1.202,61
Total de juros/taxas/seguro:  R$ 140,31
Prazo restante: 9 parcelas até JUL/2019
 
Portanto, o total de Aporte do mês de Novembro/2018 foi de R$ 8.800,00

Até a próxima meus amigos e grande abraço.


2 de novembro de 2018

Fechamento Outubro/2018: R$ 636.810,22

"There was never a night or a problem that could defeat sunrise or hope." 
(Bernard Williams)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Ainda bem acabou o período eleitoral e agora podemos enfrentar os problemas reais do Brasil, a esperança com o futuro país estão renovadas e espero que possamos ter sucesso na tomada de decisão diante dos problemas que estarão a nossa frente.

Neste mês tivemos a maior valorização mensal já registrada na carteira, apesar do sell-off generalizado no exterior. Indo direto ao ponto, o fechamento de Outubro/2018 foi:
Evolução Patrimonial Outubro/2018
Carteira: R$ 636.810,22
Aporte: R$ 9.200,00
Rentabilidade Mensal: 4,06%
Rentabilidade Anual: 8,00%

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve valorização de 12,63%, com destaque negativo para (BVMF:TUPY3) e (BVMF:WEGE3) que desvalorizaram -13,67% e -8,86% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:BBAS3) e (BVMF:HGTX3) com valorização de 45,16% e 27,46% respectivamente. O índice Bovespa valorizou  10,19% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma desvalorização de -13,16% devido a queda de todos os ETFs, com destaque negativo para (NYSEARCA:VT) com -7,82% de desvalorização. Além disso, o dólar americano desvalorizou -8,08% este mês.
  • A Carteira de FIIs  obteve valorização de 4,56%, cujo destaque positivo ficou por conta de (BVMF:KNRI11) com valorização de  12,87%. O índice IFIX desvalorizou  -0,52% este mês.
  • A Carteria de NTNBs valorizou 5,23% este mês, enquanto que a carteira PGBL valorizou 3,02% este mês.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.
Composição da Carteira Outubro/2018
Como podemos observar, o percentual de renda variável está em torno de 45%, na média dos ultimos meses. Como eu utilizo a alocação de ativos, é hora de reforçar o percentual da carteira em renda fixa para manter o equilíbrio do portifólio.

Atualmente tenho conversado com alguns empresários que estavam esperando passar a indefinição do período eleitoral para voltar a investir e gerar empregos. Acredito que o teremos um crescimento contínuo nos pŕoximos anos, de tal forma que o investimento em renda variável no setor de consumo cíclico poderá apresentar resultados acima do esperado. Mas isto só será possível com a aprovação da reforma da previdência.

Apesar de estar otimista com o Brasil, vejo que há riscos vindo do exterior onde há sinais que será necessário aumentar os juros americanos, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros no país (fontes: aqui e aqui).

Pra finalizar, eu estou ultimamente bastante atarefado me dedicando a cuidar da minha filha e isto tem me trazido muito mais alegrias do que uma valorização de 4% da carteira no mês. Estou muito feliz com esta experiência e continuo meio que no "piloto automático" nos investimentos. 

Grande Abraço e até a próxima.

20 de outubro de 2018

Aporte Outubro/2018

"To get rich, you have to be making money while you're asleep." 
(David Bailey)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Este mês será de alta nas carteira da maioria dos investidores, pois parece que o risco de um partido de esquerda voltar ao poder está fora de cogitação. Entretanto, ainda vejo muitas empresas com valuation atrativo no mercado.

Este blog é um diário da minha caminhada até a independência financeira e vocês sabem que o principal fator para chegar até o nosso objetivo é continuar aportando. Portanto, o aporte de Outubro/2018 foi:

Aporte Outubro/2018

PGBL

Foi aportado R$ 2.000,00 no fundo PGBL CA INDOSUEZ ICATU PREVIDÊNCIA FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO (CNPJ: 12.796.193/0001-18). Se você deseja conhecer mais sobre este fundo, está explicado nesta postagem aqui.
 
Neste ano já foi aportado R$ 30.500,00 em PGBL, gerando uma restituição de IR de R$ 8.387,50 no ano que vem. Ainda estou distante no teto de 12% da renda tributária para o desconto de Imposto de Renda.

Renda Fixa

Será que o próximo presidente (Jair Bolsonaro) vai endereçar a bomba fiscal que o Brasil possui? Eu acredito que sim. Desta forma, comprei um pouco de Tesouro IPCA+ 2035 antes do resultado do primeiro turno para travar uma taxa mais próximo de 6% ao ano.

Após a reprecificação dos risco após eleição, esta operação gerou um ganho acima de 3% no mês, vamos aguardar o desenrolar das medidas para que diminuia a Dívida Pública/PIB no próximo governo.

Fundos Imobiliários

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • CSHG JHSF Prime Offices  (BVMF:HGJH11) - fundo de lajes coorporativas localizado nas regiões premium de São Paulo (Itaim Bibi e Faria Lima).Com vacância física na ordem de 0,0%, possui valuation atrativo, FFO yield de 7,0% para os próximos 12 meses e TIR real e líquida de 8,1%.

Ações

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • VENDA MULTIPLUS (BVMF:MPLU3) - devido a comunicado do controlador, não estou interessado na oferta de compra a R$ 27,22. Possivelmente, o mercado irá desvalorizar ainda mais para o fechamento de capital (OPA). Será substituida por FRAS3.
  • Fleury (BVMF:FLRY3) - empresa do setor de saúde com bom potencial de crescimento acima do PIB nos pŕoximos anos, com bom potencial de crescimento, onde que no valuation atual está bem atrativa.
  • Fras-le (BVMF:FRAS3) - empresa do setor de industrial, com receita no exterior que está fazendo aquisições para crescer ainda mais no futuro. Pode até desvalorizar no curto/médio prazo, mas sigo otimista com a empresa.

Portanto, o total de Aporte do mês de Outubro/2018 foi de R$ 9.200,00.

Grande abraço a todos e até o fechamento 

6 de outubro de 2018

Fechamento Setembro/2018: R$ 602.748,00

"Not how long, but how well you have lived is the main thing." 
(Seneca)


Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? o assunto do momento é o período eleitoral, e pelo andar da carruagem o otimismo do mercado com a maior probabilidade do Jair Bolsonaro ganhar a eleição fez com que a renda variável disparasse no início de Outubro. A minha torcida é que os partidos de esquerda tomem uma surra nas urnas amanhã (principalmente no legislativo).


Neste mês, dois ativos impactaram o andamento da carteira: a proposta de OPA de MPLU3 (Multiplus) e o retorno de negociação do MFII11. Indo direto ao ponto, o fechamento de Setembro/2018 foi:
Fechamento Setembro/2018
Carteira: R$ 602.748,00
Aporte: R$ 10.000,00
Rentabilidade Mensal: -0,05%
Rentabilidade Anual: 3,78%

Podemos destacar:
  • A carteira de ações obteve valorização de 0,17%, com destaque negativo para (BVMF:FLRY3) e (BVMF:TUPY3) que desvalorizaram -17,12% e -12,90% respectivamente, os destaques positivos foram (BVMF:HGTX3) e (BVMF:B3SA3) com valorização de 8,29% e 7,54% respectivamente. O índice Bovespa valorizou  3,48% este mês.
  • A Carteira de ETFs no Exterior obteve uma desvalorização de 1,63% devido a queda do ETF  de REITs (NYSEARCA:USRT) com -5,14% de desvalorização.
  • A Carteira de FIIs  obteve desvalorização de -1,49% com com destaque negativo ficou por conta de (BVMF:MFII11) com queda de  -33%. O índice IFIX desvalorizou  -0,52% este mês.
  • A Carteria de NTNBs desvalorizou -0,08% este mês, enquanto que a carteira PGBL valorizou 0,78% este mês como informei anteriormente.
  • Para mais detalhes, acesse a Carteira.  
Composição Carteira Setembro/2018

Como podemos observar a composição de Renda variável está em torno de 45% (Ações, ETFs Exterior e FIIs), isto sem contar a carteira de PGBL que possui mais de 50% em ativos de renda variável. Com esta alta recente eu prentendo fazer o próximo aporte majoritariamente em renda fixa, para se ajustar a alocação de ativos. 

Estamos na expectativa na vitória de Jair Bolsonaro como presidente para efetuar as reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer. Existe a possibilidade de se votar a reforma da previdência depois das eleições (fonte). Se isso acontecer, o dolar vaicair ainda mais e a bolsa pode chegar a mais de 100 mil pontos.

Hoje eu estou bastante triste porque faleceu outro colega de faculdade em um acidente de moto. Em um curto espaço de tempo,perdi dois colegas e tudo isso me faz refletir sobre a como a nossa vida é efêmera. 

Para concluir, estou muito ocupado ultimamente, sem tempo para me dedicar ao blog, mas sigo o plano quase que no piloto automático. Por exemplo: alcancei o montante de 600k, porém minha rentabilidade anual perde do CDI. Isto significa que se eu fosse um fundo multimercado, possivelmente sofreria com o resgate das cotas. Esta é uma grande vantagem de ser investidor individual, onde eu mesmo o risco x retorno de cada posição.

Grande Abraço e até a pŕoxima

29 de setembro de 2018

Aporte Setembro/2018

"Failure is the key to success; each mistake teaches us something." 
(Morihei Ueshiba)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo tranquilo? Neste mês o noticiário está dominado pelo período eleitoral, causando bastante volatilidade. Lembre-se que na visão do investidor estrangeiro a bolsa brasileira está mais descontada com a alta recente do dólar.

Na minha carteira houve dois ativos que cairam bastante BVMF:MPLU3 (Multiplus) e BVMF:MFII11 (FII Merito Desenvolvimento), causando forte desvalorização, faremos alguns comentários abaixo sobre a reprecificação destes ativos. Sem mais delongas, o aporte de Setembro/2018 foi:

Aporte Setembro/2018

Antes de mais nada, como se chega no preço de um ativo de renda variável? Basicamente é o somatório de todos os fluxos futuros, inclusive na perpetuidade, descontado a valor presente. No caso da Multiplus (BVMF:MPLU3) o valor presente de fechamento de capital foi estabelecido R$ 27,22  por ação (fonte), ou seja, acabou a perpetuidade e quem pensa no longo prazo (como eu) para receber todos os fluxos futuros, deverá repensar a sua estratégia e aceitar o possível prejuízo.

PGBL

Foi aportado R$ 1.500,00 no fundo PGBL Multimercado de Renda Variável Alaska 70 Icatu Previdenciário FIM. Se você deseja conhecer mais sobre este fundo, está explicado nesta postagem aqui.
Nste ano já foi aportado R$ 28.500,00 em PGBL, sendo que R$ 9.600,00 foi de "dinheiro novo". Ainda estou distante no teto de 12% da renda tributária para o desconto de Imposto de Renda. 

Ações

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • VENDA PARCIAL  WEGE (BVMF:WEGE3) - Empresa excelente com ótima gestão que possui receita em dólar, com um potencial de crescimento limitada pela sua posição no mercado brasileiro. O motivo da venda parcial é orque considero outras empresas com um potencial de retorno melhor.
  • VENDA PARCIAL MULTIPLUS (BVMF:MPLU3) - devido a comunicado do controlador, não estou interessado na oferta de compra a R$ 27,22. Possivelmente, o mercado irá desvalorizar ainda mais para o fechamento de capital (OPA). Será substituida por outra empresa da carteira.
  • Telefônica VIVO (BVMF:VIVT3) - empresa consolidada, geradora de proventos que recentemente teve um ganho de R$ 1,6 Bilhão referente ao recolhimento de PIS/Confis sobre a base do ICMS (fonte). Ficou ex-jscp pagando R$ 1,32 líquido por ação (Dividend Yield de 3,5% neste semestre)(fonte).
  • Grandene (BVMF:GRND3) - empresa do setor de calçados, bem administrada que teve uma queda no resultado financeiro devido a queda da Selic, porém continua bem operacionalmente com um crescimento de 9% da geração de caixa Ebitda no 2T2018x2T2017 e aumento de 9,4% na comparação semestral. Está muito atrativa no valuation atual.
  • Cia Hering (BVMF:HGTX3) - empresa que vem patinando a algum tempo sem crescimento, porém continua gerando caixa e pagando proventos, seguimos acompanhando a mudanças recentes (fonte). A empresa empresa segue na carteira, vamos aguardar os próximos resultados. 
  • Fleury (BVMF:FLRY3) - empresa do setor de saúde com bom potencial de crescimento acima do PIB nos pŕoximos anos, com bom potencial de crescimento, onde que no valuation atual está bem atrativa.
  • Hyperafarma (BVMF:HYPE3) - empresa também do setor de saúde com bom potencial de crescimento acima do PIB nos pŕoximos anos, com forte geração de caixa e também no valuation atual está bem atrativa.
  • Alupar (BVMF:ALUP11) - empresa do setor de trasmissão de energia, que foi vencedora dos lotes K,M e O do leilão da Eletrobrás (fonte). COm isso, esta reafirma sua estratégia de crescimento, analisando as melhores oportunidades de alocação de capital.
  • M Dias Branco (BVMF:MDIA3) - empresa que possui caixa líquido, mesmo com a compra da Piraquê (fonte). Está sendo negociada a um preço convidativo abaixo dos R$ 40,00, mas devemos ficar de olho nos custos dos insumos cotados em dolares.
  • Itausa (BVMF:ITSA4) - holding de um dos banco mais rentáveis do mundo. Abaixo de R$ 10,00 é compra na minha carteira, visando completar o bloco fracionário da carteira.

Fundos Imobiliários

As movimentações da carteira neste mês foram:
  • Vinci Shopping Centers  (BVMF:VISC11) - tem participação minoritária em sete shoppings, o setor mais resiliente dentro do mercado de properties (leia-se galpões logísticos, hotéis, lajes corporativas etc.).Com vacância física na ordem de 4,50%, possui valuation atrativo, FFO yield de 7,2% para os próximos 12 meses e TIR real e líquida de 7,7%.
  • Kinea Rendimentos Imobiliário (BVMF:KNCR11) - é um dos melhores FIIs de papéis do mercado, com uma carteira diversificada em excelentes empresas, contratos lastreados em imóveis prontos, garantias de diferentes tipos, alta liquidez, ampla base de cotistas, e que tende a performar bem em momentos de estresse de juros futuros. 
Portanto, o total de Aporte do mês de Setembro/2018 foi de R$ 10.000,00
Informo com grande satisfação que a meta de aportes do ano foi alcançada com três meses de antecedência. Apesar da rentabilidade anual ainda não ser a ideal, sigo comprando empresas mais descontadas de forma a equilibrar o risco da carteira.

Grande abraço a todos e até o fechamento.

26 de setembro de 2018

Minha Carteira PGBL

"Successful hedge funds will be entrepreneurial; it is the essence of the craft." 
(Paul Singer)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Em continuidade a postagem Por que os PGBLs se tornaram mais competitivos?, eu apresento a composição da Carteira de PGBL mostrando o percentral de cada fundo e um pouco do racional de cada gestor. 

Atualmente, os fundos que compõem a carteira de PGBL são:
Minha Carteira PGBL

CA INDOSUEZ PREVIDÊNCIA  FIRF REFERENCIADO DI CP (45%)


Fundo de Renda Fixa de Cŕedito Privado, que possui o CNPJ: 12.796.193/0001-18, a taxa de administração é 0,8% ao ano e a aplicação mínima inicial é de R$ 10.000,00. 

Basicamente, este fundo investe em títulos de dívida emitida pelas maiores empresas do país (Lojas Americanas, Light Energia, etc)  e dívidas de bancos (Bradesco, Banco ABC, Sofisa, Daycoval, Haitong, Safra) de forma bastante pulverizada. Desta forma, é possível obter uma rentabilidade de 100% do CDI nos últimos 24 meses, com uma volatilidade de 0,20% nos últimos 12 meses.

Esta parte da carteira de renda fixa não é para ter uma rentabilidade espetacular, porém se fosse fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida da defesa, para o time não levar gols do adversário.

VERDE AM ICATU PREVIDÊNCIA (35%)


Fundo de Previdência Multimercado com Média Volatilidade, que possui o CNPJ: 23.339.936/0001-47, a taxa de administração é 2,0% ao ano e a aplicação mínima inicial é de R$ 30.000,00.
 
A criação de um fundo de previdência pela Verde Asset, gestora de Luis Stuhlberger, é um oásis em meio à indústria de pior qualidade do universo dos investimentos. Se você não conhece o gestor, recomendo a leitura desta entrevista que o Investidor Ingles publicou.

Desde 1997, quando foi criado, o Verde rendeu 13.021%, contra 1.647% do CDI. O portfólio somente perdeu para o CDI duas vezes: em 2008 e 2014.  No primeiro, ano de crise global, teve prejuízo de 6,4%. No segundo, ganhou 8,8%. Não há nada igual na indústria.

E como o Stuhlberger consegue isso? Em primeiro lugar ele antecipa magistralmente tendências, especialmente em câmbio. E, em segundo, tem consciência de suas limitações para prever o futuro e estrutura proteções para o portfólio. O fundo Verde Previdência não é, infelizmente, um fundo gerido pelo Stuhlberger, mas sim por sua equipe, especialmente por seu braço direito, Luiz Parreiras.

Há ainda os limites da regulamentação de previdência. Algumas proteções não podem ser montadas e é vetada a montagem de posições vendidas, que ganham com a desvalorização dos ativos. Apesar das limitações, de acordo com a equipe da Verde, o fundo de previdência segue os princípios gerais que a gestora tem para todos os fundos. Se, em algum momento, houver uma exposição pesada em bolsa casada com uma proteção que não puder ser replicada na carteira de previdência, a posição em bolsa estará também no fundo de previdência, só que em menor quantidade, ou apenas com as ações mais defensivas.

Parece óbvio, mas é preciso reforçar no caso da previdência: a vantagem do Verde começa pelo fato de não ficar concentrado somente na renda fixa. Além de operar juros, o fundo pode ter posições em moedas e bolsa. É um mix muito mais interessante para o longo prazo.

Leia a carta mais recente do gestor aqui e, se fosse fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida do meio de campo, para o time aproveitar o cenário macro para impor o ritmo de jogo ao adversário.

ALASKA 70 ICATU PREVIDENCIÁRIO FIM (20%)


Fundo Previdenciário Multimercado Renda Variável que possui o CNPJ 29.722.458/0001-36, a taxa de administração de 1,5% ao ano e a aplicação inicial mínima é de R$ 30.000,00. 

O fundo terá exposição fixa de 70% em ações e 30% em ativos de renda fixa. Sua carteira de ações terá a mesma composição dos fundos da família Black, em especial o fundo Alaska Black Institucional FIA. A equipe de gestão principalmente o Henrique Bredda e o seu mentor Luiz Alves Paes de Barros.

Luiz Alves defende que a bolsa vive de ciclos, em uma correlação que não parece tão intuitiva: Produto Interno Bruto (PIB) baixo, bolsa em alta. Com a economia animada, têm início os IPOs (aberturas de capital), as empresas começam a comprar maquinário, a não distribuir dividendos... E aí a bolsa cai, diz o veterano. Belo recado para quem está esperando a economia se animar para mergulhar na bolsa, não? Você pode chegar atrasado.
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Outro charme da carteira do Alaska é que ela é pouco correlacionada com a do restante do mercado. Entre as maiores posições estão Sonae Sierra Brasil, São Carlos, Magazine Luiza e Cosan Logística, que o gestor vê como um veículo de investimento em Rumo. Enquanto a maior parte dos gestores se concentrava em 2016 em Itaú, Renner e Cielo; Luiz Alves pesava a mão em Rumo, Magazine Luiza e Sanepar. Talvez por conta de sua grande e antiga posição em Comgás, Luiz Alves é tido como um grande adepto do buy and hold,  mas a verdade é que ele gira bastante a carteira.

Agora a gestora está analisando o tema commodities. A tese é que, depois de apanhar por seis anos, pode ser que o segmento engate um novo ciclo. Os fundos da casa já têm Fibria, Klabin e Braskem dentre as empresas que devem ganhar com a tese.

O fundo de ações precisa ter pelo menos 67% do patrimônio investido em bolsa. Com o resto, pode investir em qualquer ativo. “Assim não vamos precisar devolver o dinheiro do cotista se acharmos que a Bolsa vai para o saco”, explica Henrique. Mais detalhes no vídeo abaixo:


Ao fazer uma analogia a um time de futebol esta parte cuida do ataque, para o time marcar gols necessários para ganhar o campeonato de pontos corridos (independência financeira). 

Conclusão


Como vocês podem observar, atualmente eu utilizo o esquema 4-4-2 na carteira PGBL, sendo que se o cenário se tornar mais positivo após as eleições presidenciais eu posso mudar para o esquema 4-3-3. Entretanto, se o cenário tenebroso vier a tona, é possível que eu arme uma retranca no meu time para evitar perdas.

As informações acima não constituem dica de investimentos, por favor avalie cada fundo de investimento é adequado ao seu perfil.

Espero que tenham gostado, grande abraço e até a próxima.

21 de setembro de 2018

Por que os PGBLs se tornaram mais competitivos?

"The only source of knowledge is experience." 
(Albert Einstein)

Olá meus amigos da blogosfera fiananceira, tudo tranquilo? Ultimamente tenho andado um pouco ausente do blog, mas acompanho na medida do possível algumas postagens dos demais colegas. Hoje abordaremos o complemento da postagem PGBL e o Planejamento Sucessório, no qual irei apresentar porque os PGBLs se tornaram mais competitivos nos ultimos anos.

Se você está em dúvida se este produto é adequado ao seu perfil, procure analisar os seus objetivos antes de tomar alguma decisão.
Avalie o seu perfil antes de tomar sua decisão

Mas por que PGBL?


Antes de apresentar as minhas premissas, sugiro a leitura do artigos Como perder dinheiro com planos PGBL e VGBL - Parte I e Parte II do Viver de Renda publicados em 2009, no qual ele citava as altas taxas de carregamento e taxas de administração existentes nos fundos disponíveis naquela época que tiravam qualquer vantagem ao investidor. Entretanto, atualmente há mais opções com menor custo para aplicar em previdência privada, com gestoras independentes tais como Verde, a Ibiúna, a Garde, a SPX, a Adams, o BTG Pactual, Alaska, entre outras.

Para facilitar a nossa vida, passou a vigorar em maio de 2016 a nova legislação de previdência, a Lei 4.444 que amplia os ativos permitidos em fundos de previdência, estendendo as opções para ETFs (fundos de índice), fundos imobiliários e BDRs por exemplo.

O investimento em ações, até então restrito a 49% do patrimônio, pode chegar a 70% em fundos oferecidos no varejo e 100% para qualificados pelas novas regras. Outra mudança importante foi em setembro de 2017, foi a permissão de cobrar taxa de performance nos fundos de previdência, o que muitas vezes atrai os melhores gestores.

No meu caso específico, agora tenho dependente, tenho gastos com plano de saúde, daqui a alguns anos terei gastos com educação e ainda consigo restituir parte  do Imposto de Renda sobre dividendos que recebo com a Carteira de ETFs no Exterior. Além disso, caso o novo presidente eleito resolva tributar os dividendos no Brasil, eu poderei através do resgate/reinvestimento aumentar a minha restituição conforme expliquei aqui.

Mas tem como provar matematicamente a vantagem do PGBL?


Irei resumir os argumentos do Swine One e do MJC na postagem As vantagens da previdencia privada do tipo PGBL do excelente blog Valores Reais.

1) Quando a composição do saldo do investimento for de 1/3 de aportes e 2/3 de rendimentos, o PGBL já é melhor negócio.

Swine One: Suponha que você aportou R$ 100.000 em um investimento, o qual rendeu de juros até hoje R$ 200.000, totalizando um saldo de R$ 300.000, com as proporções indicadas entre aportes e rendimentos. Suponha também que estes são valores brutos, sobre o qual não houve nenhuma incidência de imposto, e que os prazos relevantes foram cumpridos (10 anos para o PGBL, 2 anos para o investimento convencional). Se este fosse um PGBL com tabela regressiva, você pagaria 10% sobre o saldo (R$ 300.000), o que daria R$ 30.000 de imposto. Se fosse um investimento convencional como Tesouro SELIC, você pagaria 15% sobre os rendimentos (R$ 200.000), o que daria os mesmos R$ 300.000 de imposto. Nesse caso tanto faz um ou outro.

Agora para outro exemplo: Os mesmos R$ 300.000 investidos, só que dessa vez divididos entre R$ 90.000 de aportes e R$ 210.000 de juros. No PGBL, você ainda pagaria os mesmos R$ 30 mil de imposto, pois o saldo não mudou. Em um investimento convencional, você pagaria 15% sobre os R$ 210.000 de rendimentos, e portanto R$ 31.500 de imposto, o que é mais do que o imposto pago no PGBL, provando que neste caso a vantagem é do PGBL.

E nem levei em conta que, no PGBL, você receberá uma restituição no imposto de renda que não receberia com um investimento convencional. É impossível colocar um limiar exato onde o PGBL se torna mais vantajoso, pois depende do rendimento do investimento, fluxos exatos de aportes, momentos exatos de cobrança de imposto, taxas de administração, etc.

2) Quanto a aplicação deve render mais que o PGBL para valer a pena considerando a restituição do imposto?

MJC: Suponha que você está na faixa de 27.5% do IR (bem típico pra quem compra PBGL) e recebeu um aumento salarial de 1000 reais. Suponha que você quer pegar esses 1000 reais e investir por conta própria. Inicialmente, incide o IR sobre os 1.000 reais, ou seja, você terá apenas 725 disponíveis para investir. Suponha que após 10 anos você conseguiu uma rentabilidade de x%, ou seja, seu total será de (1 + x)*725 e você pagará 0.15*x*725 de imposto de renda. Agora suponha que você coloque no PGBL. Nesse caso, você terá os 1000 reais para investir (725 hoje e 275 de retorno no ajuste do IR). Suponha que seu PGBL rendeu y% em 10 anos. Ao final do prazo seu total será de (1 + y)*1000 e você pagará 0.1*(1 + y)*1000 de IR.
Assim, no final de 10 anos você terá, líquido:
Investir por Conta Pŕopria x Investir em PGBL
Normalmente, a rentabilidade do PGBL  pode ser menor que a rentabilidade ao investir por conta pŕopria. Então: supondo que y < x, qual deve ser a relação entre x e y para que a rentabilidade iguale? Para isso, vamos ver o ponto em que as rentabilidades se igualam:
Relação de Rentabilidades após 10 anos
Suponha que o PGBL consiga uma rentabilidade de 100% em 10 anos (y = 1). Isso significa que, em 10 anos, você vai precisar de x = 0.28397 + 1.46 = 1.74, ou seja, 174% em 10 anos apenas para igualar o rendimento líquido desse aporte. Ou seja, por conta do benefício fiscal, nesse exemplo, se você não conseguir uma rentabilidade de 74% maior, vale a pena continuar no PGBL.

Como alguém pode achar muito estranho a conta, vamos para a prova dos 9. Suponha seus R$ 1000,00 que viraram R$ 725,00 depois do IR. Se você conseguir multiplicar eles por 2.74 (rendimento de 174%), você terá R$ 1986,50. Como o IR de 15% é apenas sobre o rendimento, você terá líquido 1986,50 – 0,15(1986,50 – 725,00) = R$ 1797,30. Se você tiver 1000 reais e colocar no PGBL (colocando tudo, inclusive o benefício fiscal), considerando o rendimento de apenas 100%, você terá bruto R$ 2000. Descontando o IR de 10% sobre o valor total, temos R$ 1800. A diferença de R$ 3 é por conta do arredondamento de casas decimais.

Conclusão

Fiz esta postagem para explicar que uma estratégia bem definida é capaz de obter resultados muito consistentes. Nos últimos 11 anos, a Taxa Interna de Retorno da carteira PGBL está 16,49% ao ano, sendo que a proporção valor dos aportes sobre o total da carteira ja está em 30% (abaixo de 1/3). Desta forma, o PGBL já está sendo mais vantajoso em relação ao outros investimentos tradicionais.
 
Mas para obter resultados consistentes no longo prazo, é necessário delegar a decisão dos investimentos a um gestor experiente, como por exemplo: Verde, a Ibiúna, a Garde, a SPX, a Adams, o BTG Pactual, Alaska, entre outras.

Um ponto interessante para ressaltar é que o aporte inicial de alguns fundos mais respeitados é relativamente alto (acima de R$ 30 mil). Se você deseja conhecer  os principais fundos disponíveis clique aqui ou procure um agente autônomo de investimento.

Para esta postagem não ficar multo extensa, pretendo apresentar cada fundo da minha carteira, explicando o racional de cada gestor.

Grande abraço meus amigos, até a próxima.