22 de julho de 2019

Aporte Julho/2019

“Never give up just because you failed initially” 
(Sunday Adelaja)

Olá meus amigos da blogosfera financeira, tudo bem? Neste mês começarão a divulgação dos resultados do 2T2019, onde a realidade confronta a expectativa novamente. A expectativa do PIB de 2019 no início do ano era de 2,5% agora está em 0,82% (fonte). O Boletim Focus projeta a taxa Selic para 5,5% até o fim de 2019, com isso eu acredito que haverá uma migração de ativos de renda fixa para fundos multimercados. 

Desta forma, os recusos do aporte de mês foram direcionados para IPOs e subscrição de FIIs, pois geralmente estes eventos ocorrem quando o mercado está em alta (bem precificado). Sem mais delongas, o aporte de Julho/2019 foi:
Aporte Julho/2019
Renda Fixa

Eu venho gradativamente reduzindo a exposição em renda fixa, mantendo um percentual mínimo em liquidez diária (entre 5% a 10%).

Um leitor me perguntou por que eu mantenho sempre um montante em renda fixa com liquedez imediata, a resposta é simples: sempre haverá possibilidades de comprar quando houver uma correção, bem como estes valores servirão de lastro (garantia) para montar operações estruturadas com opções. Porém, não pretendo divulgar os resultados das operações aqui no blog, onde todos os recursos estarão na categoria "liquidez diária".

PGBL/Fundos

Com a queda da Selic, eu resgatei os recursos da renda fixa e aloquei em um fundo multimercado Carteira Univerda. Este fundo não é PGBL, é um fundo que possui o CNPJ
30.568.854/0001-30 (VITREO CARTEIRA UNIVERSA FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO) e sua composição pode ser vista na figura abaixo.

Esta carteira é um tipo de All-Weather Portifolio, onde haverá um equilíbrio entre as posições entre todos os cenários possíveis que uma carteira de investimentos poderá enfrentar: cescimento, inflação, mercados em alta ou mercados em queda. Gradativamente, pretendo nos próximos 20 anos migrar a carteira PGBL para este fundo multimercado.

Composição Carteira Universa

Ações

As compras deste mês foram:

  • NEOENERGIA (BVMF:NEOE3) - empresa do setor elétrico no segmento de distribuição, forte projeto de expasão com pagamentos de dividendos. Ainda possuo uma participação pequena, com o passar do tempo irei analisar os resultaos para consolidar a posição em carteira.
  • VALE SA (BVMF:VALE3) - empresa que dispensa apresentações onde enfrenta alguns problemas devido ao desastre de Brumadinho. A cotação do minério de ferro está acima de USD 120/t e já se valorizou quase 70% em 2019, porém com todo esse rali da bolsa recente a cotação da mineradora ficou parada.

Fundos Imobiliários

As operações deste mês foram:
  • CSHG Logística (BVMF:HGLG11) - fundo do setor de logística realizou uma emissão com o valor da subscrição a R$ 142,00 enquanto o valor de mercado da cota está R$ 157,00. Ainda precisa pensar muito para aderir a essa oferta? 
 
Portanto, o total de aporte do mês de Julho/2019 foi de R$ 8.500,00.

Até a próxima, grande abraço

15 comentários:

  1. e ai cara, como sempre decisoes bem embasadas. Como vc visa o longo prazo, porque escolheu esse multimercado pra substituir o pgbl ? Pergunto pois em fundo vc paga come-cota 2 vezes por ano, enquanto em pgbl ou vgbl nao existe essa cobrança. Particularmente eu gostaria de mudar de multimercado pra algum vgbl que fosse bem resiliente, ou seja, vou ao contrario do seu racional e queria entender melhor sua visao. Abs

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    1. Grande Vagabundo, vou enumerar alguns argumentos a favor da minha decisão.

      1) O principal fator é limite de 12% sobre a renda bruto tributável para o uso do PGBL. Por exemplo: com os resgates/reinvestimentos e o valor da restituição do IR eu consigo aportar cerca de R$ 32 mil em PGBL sem colocar dinheiro novo. A diferença até os 12% eu aporto no PGBL e o que for acima eu aloco neste fundo multimercado.
      2) Outro fator é que eu estou trocando uma liquidez de 10 anos para o resgate por uma liquidez de 60 dias.
      3) Pela minha faixa de renda não vale a pena ter VGBL, pois somente para quem está na faixa de isenção do IR vale a pena. Se comecarem a tributar os dividendos (que é bem provável), o VGBL definitavemente não vai valer a pena para quem deseja receber dividendos.
      4) Pretendo ter entre 20% a 25% do patrimônio em fundos de investimentos/PGBL. Este fundo multimercado possui um mandato equilibrado para agir em todos os cenários de mercado.
      5) Não está no meu horizonte parar de trabalhar logo que eu alcançar a IF, por isso ainda vale a pena aportar no PGBL. Quando eu tiver uma data específica para para de trabalhar, eu preciso ter um plano para começar a resgatar sem ter que esperar 10 anos.

      Grande Abraço.

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  2. Está "estreando" os fundos multimercado na carteira, Aportador? Pois até então me parece que você só tinha PGBL mesmo.

    Vai incluir algum ETF brasileiro também?

    Parabéns e estou sempre acompanhando!

    Ps: milagre não terem falado do seu aporte ainda. kkkkkk

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    1. É verdade TumTum,

      Achei este fundo mercado bem diferenciado, com a cabeça do gestor alinhada ao que eu imagino que deveria ser a "carteira ideal".
      Não pretendo utilizar nenhum ETF Btasileiro não porque não é vantajoso no Brasil. Posso utilizar os ETFs no exterior para fazer algumas operações estruturadas com opçoes, mas isso é assunto para outro momento.

      Grande Abraço e bons investimentos.

      Obs: Acho que não houve comentário porque o aporte diminuiu nos ultimos 2 meses.... kkkk

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  3. De maneira geral, pois seu que não é esse o objetivo do tópico, poderia descrever pq vc entende ser desvantajoso o ETF brasileiro (ex: BOVA, PIBB, IVVB, etc)? Pergunto porque para evitar o stock picking e levando em conta o custo x benefício eu vinha investindo nesses ativos, achando estar fazendo "a coisa certa" ou menos errada, na medida em que meus conhecimentos para stock picking não fracos e eu pessoalmente não gosto de fundos de ações (estudar o gestor para saber se é bom na maioria das vezes é mais difícil que fazer o próprio valuation das ações). Poderia me explicar melhor as desvantagens que você vê ? Obrigado

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    1. Olá Anônimo,

      Talvez eu não tenha me expressado corretamente. Eu entendo que para o meu perfil, não vejo muita vantagem para comprar ETFs no Brasil.
      O único ETF que eu poderia manter na carteira seria o BOVA11 porque há liquidez nas opções, possibilitando gerar rendimentos que seriam equivalentes aos dividendos. As estratégias que seriem mais interessantes seriam financiamento turbinado, booster reverso e trava horizontal de linha, etc...

      Eu considero uma boa estratégia em comprar ETFs se você não deseja fazer stock picking, porém o índice bovespa é muito concentrado em commodities e setor financeiro, fazendo com que este não represente toda a economia brasileira. O ETF PIBB11 segue o IBRX100 que é mais confiável, porém o mercado brasileiro não é tão maduro quanto o mercado americano, possibilitando assimetrias que permitem muitos gestores gerarem alfa (ganhos acima do Benchmark).
      O Investidor pessoa física ainda possui a possibilidade de vender até 20 mil por mês sem pagar IR sobre ganho de capital e por enquanto não temos tributação de dividendos. Desta forma, acredito que estes são fatores relevantes na minha decisão por Stock picking.

      Em relação aos gestores de fundos de ações, considero que atualmente há muito mais transparência sobre a estratégia de cada gestor, por exemplo: a Alaska asset management ganhou notoriedade por ter carregado MGLU3 desde 2015 e continua com a mesma estratégia (empresas com TIR elevadas a um preço atrativo). Embora eu seja cotista do Alaska através do PGBL, eu jamais compraria MGLU3 na minha carteira de ações porque está não está alinhada à minha estratégia, ou seja, eu busco gestores que utilizam estratégias diferentes da minha porque sempre alguém pode estar errado.

      Particularmente, eu gosto de entender os resultados das empresas, ler a divulgação dos resultados, entender a estratégia do CEO, comparar o guidance de cada ano, os fatos relevantes das empresas da minha carteira e evoluir como Investidor. No fim, eu percebo que eu continuo sempre aprendendo.

      Continue com a sua estratégia se você está satisfeito com os resultados obtidos. Muito obrigado pela visita e pela sua pergunta. Grande abraço e bons investimentos.

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  4. Obrigado por me responder! Me ajudou bastante.

    Apenas para complementar uma dúvida minha, no caso, eu não invisto em opções, e não tenho nenhuma estratégia com OPÇÕES.

    Dessa forma, apenas invisto no ETF diretamente, confiante em alguma valorização.

    Pelo que entendi, nesse caso, você preferiria o PIBB11 em razão da composição dele?

    E, por outro lado, já preferiria o BOVA11 se for o caso de investir em uma estratégia de opções?


    Ou no mesmo caso você acha que tanto faz?

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    1. Exatamente Anônimo.

      Como você não operações a melhor composição está com o PIBB11 (que segue o IBRX-100), se você desejar aumentar a sua rentabilidade com o tempo de forma segura e consistente, o ideal seria comprar o BOVA11 e montar estrutura com opções.

      Lembre-se que Em 2014 a B3 alterou metodologia do Ibovespa para considerar não somente a liquidez e negociabilidade dos ativos, mas também o valor de mercado dos ativos negociados. Essa alteração foi necessária dada a distorção que foi vista em 2013 com crise de algumas empresas, em especial as empresas do Eike Batista (OGX), que dada a grande liquidez, tinham um peso relevante no índice, apesar de um valor de mercado baixo.

      Considere as tabelas abaixo:
      IBRX100 DATA DOLAR COTACAO em USD
      24080 01/05/2008 1,65 14594
      43046 25/07/2019 3,80 11328

      IBOVESPA DATA DOLAR COTACAO em USD
      72592 01/05/2008 1,65 43599
      103000 25/07/2019 3,80 27105

      Ao analisar os valores do índices em doláres (para descontar o efeita da inflação no período), o IBRX100 está a 28% do todo histórico em USD (11328 até 14594), enquanto que o IBOVESPA está a 60% do topo historico em USD (27105 até 43599). Esta mudança da metodologia do Ibovespa em 2014 descorrelacionou toda a série histórica, portanto ao analisar em que ponto do ciclo de alta nós estamos é mlehor analisar o IBR100, pois sua metodologia é mais confiável.

      Abraço

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  6. Aportador,

    Eu tenho apenas 10% da carteira de ações distribuída em ações, no caso, BOVA11, PIBB11 e IVVB11. Eu já vinha investido no PIBB11 e deixado o BOVA11 de lado em função da baixa taxa de administração do PIBB11 e porque, para mim, a liquidez do PIBB11 é suficiente.

    Sei que meu retorno não é tão expressivo mas tem sido satisfatório se comparado a quando tentei fazer stock picking, quando despendia muito tempo para análises e o retorno não foi significativamente maior aos índices.

    E pior, como minha renda advém do meu trabalho autônomo, perder tempo com isso é perder tempo aumentando renda de aporte, que são bem mais expressivos.

    Tenho também 30% de FIIs, e o resto em renda fixa. Ou seja, bastante conservador.

    Como eu não tenho intenção de operar opções, por uma questão de disponibilidade de tempo (embora sua ideia seja muito boa), acredito que focarei no PIBB11 e parte no IVVB11.

    No entanto, poderia apenas me ajudar a esclarecer essa comparação em doláres que você citou? Você quis dizer que é mais confiável analisar o topo (dolarizado) com base no IBRX100 do que no IBOVESPA, pois o último está distorcido? Em sendo assim, estamos apenas a 28% do topo histórico, diferentemente do que MUITO ANALISTA FINANCEIRO tem dito na internet, pois analisam com base no IBOVESPA?

    Uma última questão, e desculpe-me se é óbvio: na lâmina do PIBB11 diz que ele segue o IBRX50; você mencionou o IBRX100; no fundo são a mesma coisa?

    Obrigado e desculpe por tantas perguntas, mas saiba que você me ajudou bastante.

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    1. Olá Anônimo,

      Muito interessante a sua carteira, pois é adequada ao seu perfil. Eu entendo que essa análise do índice em dólares serve para balizar o ponto do ciclo devasta que nós estamos. Como estamos em ciclo de alta, praticamente todos conseguem resultados positivos. Entretanto, a grande dificuldade é quando o mercado mudar para o ciclo de baixa ( mas pela estrutura da nossa economia, há uma grande potência de alta se o mercado internacional não atrapalhar o mercado doméstico).
      Eu não conheço a fundo sobre os ETFs, mas considero o PIBB11 uma ótima escolha. Foque no se trabalho principal para aumentar o seu patrimônio que, com certeza, irá gerar os melhores frutos.

      O IBRx100 é mais amplo mas o IBRx-50 já oferece uma ótima diversificação.

      Obrigado pela visita, terei sempre o prazer em trocar ideias aqui no blog.
      Grande abraço 👍

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  7. Olá AF, acompanho mensalmente o blog, o fundo universia é interessante, o felipe miranda está batendo forte para o pessoal que é assinante entrar. Eu to achando muito estranho isso, estão fazendo uma propaganda gigantesca, oportunidade de vida, que vai fechar, dizem que tem um contrato de publicidade com a vitreo, mas não se sabe que tipo é.
    Só achei caro, vai cobrar 1,5% de taxa mais 20% de performance, para replicar a carteira empiricus. Deveria cobrar apenas taxa de adm, que é esse o trabalho que estão fazendo, só comprar e balancear a carteira.
    A não ser que eles racham a taxa de performance, o que eu não duvido.

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    1. Olá Investidor Macro,

      Ao analisar um fundo de investimento eu observo dois pontos: a estratégia do gestor e seu track record em um período mais longo. A taxa de administração está até mais barata que a média dos fundos multimercados similares (2/20 => taxa de administração/ taxa de performance).
      Por exemplo: você investiria em um fundo quantitativo com taxa de administração de 5% ano com taxa de performance d 44%? Este é o caso do fundo Medallion da gestora Renaissance que obteve um retorno anualizado de 39% durante 16 anos, ou seja, um retorno espetacular.
      Fonte: https://www.infomoney.com.br/bloomberg/noticia/5871393/maquina-ganhar-dinheiro-fundo-quantitativo-medallion-maior-misterio-das-financas

      Na minha humilde opinião, este fundo possui em mandato com flexibilidade para agir em qualquer cenário, inclusive em um possível bear market que fatalmente irá ocorrer.

      Grande abraço

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  8. Certamente, HGLG11 a 142,00 é mto bom negócio!
    Abç

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    1. Com certeza Investidor Suburbano,

      Nesta alta do mercado varios fundos fazem subscrição pelo valor patrimonial, então é nessa hora que os fundos que possuem ágio se tornam mais interessantes. Tudo sem contar com a capacidade do gestor em alocar em imóveis com cap rate atrativos.

      Grande abraço

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